terça-feira, 7 de dezembro de 2010

CÁLCULO BILIAR (PEDRA NA VESÍCULA)

Hoje tive algumas dores incomuns, e por algum motivo pensei em cálculos biliares. Felizmente parece que foram gazes, mas de qualquer forma, achei mais prudente pesquisar algo sobre o assunto. Já que pesquisei, aqui vai o post. Pesquisei em tres sites e reproduzo na integra o conteúdo dos três, já que cada um traz informações que complementam o outro...

Cálculo biliar




Cálculos biliares são pequenas pedras que se formam na vesícula biliar, órgão localizado no lobo inferior direito do fígado onde a bile se concentra e de onde é lançada sob a influência de um hormônio intestinal.

A bile produzida no fígado consiste na mistura de várias substâncias, entre elas o colesterol, responsável por cerca de 75% dos casos de formação de cálculos. Alguns deles se alojam na vesícula biliar e não causam sintomas. Outros ficam presos no duto biliar e bloqueiam o fluxo da bile para o intestino. Essa obstrução provoca a cólica biliar que se caracteriza por dor intensa no lado direito superior do abdome ou nas costas, na região entre as omoplatas. A crise de cólica persiste enquanto a pedra permanecer no duto. No entanto, muitas podem voltar para a vesícula ou ser empurradas para o intestino. Quando isso ocorre, a crise dolorosa diminui.

Sintomas

Alguns cálculos na vesícula podem ser assintomáticos, mas outros provocam dor intensa do lado direito superior do abdome que se irradia para a parte de cima da caixa torácica ou para as costelas. A dor normalmente aparece meia hora após uma refeição, atinge um pico de intensidade e diminui depois. Pode vir ou não acompanhada de febre, náuseas e vômitos.

Causas

Muitos fatores podem alterar a composição da bile e acionar o gatilho de formação dos cálculos na vesícula. Alguns fatores que aumentam o risco são:

•Dieta rica em gorduras e carboidratos e pobre em fibras ;

•Vida sedentária que eleva o LDL (mau colesterol) e diminui o HDL (bom colesterol);

•Diabetes;

•Obesidade;

•Hipertensão (pressão alta);

•Fumo;

•Uso prolongado de anticoncepcionais;

•Elevação do nível de estrogênio o que explica a incidência maior de cálculos biliares nas mulheres;

•Predisposição genética.

Tratamento

O tratamento pode ser feito à base de medicamentos que diluem o cálculo se ele for constituído apenas por colesterol. Nos outros casos, a cirurgia por laparoscopia, que requer poucos dias de internação hospitalar, é a conduta mais indicada. Tratamento por ondas de choque para fragmentar o cálculo representa também uma possibilidade terapêutica.

Recomendações

* faça uma dieta rica em fibras e com pouca gordura. Alimentos gordurosos podem elevar o nível do colesterol;

* procure manter o peso ideal para seu tipo físico. Isso ajuda a controlar o nível do colesterol e a prevenir diabetes e hipertensão;

* largue o cigarro;

* discuta com seu médico a conveniência de tomar pílulas anticoncepcionais ou fazer reposição hormonal, se você tem histórico familiar de cálculo na vesícula.

Advertência

Consulte um médico se os sintomas dolorosos de cálculo biliar se manifestarem e, especialmente, se forem seguidos de febre, náuseas e vômitos.

Fonte: drauziovarella.ig.com.br


"A vesícula biliar é um órgão que se localiza junto ao fígado e tem a função de armazenar a bile, a qual é produzida pelo fígado, e liberada no intestino após as refeições.

A bile ajuda na digestão das gorduras e tem um alto teor de sais biliares, que são produzidos a partir de colesterol. Assim, a vesícula funciona como uma bolsa armazenadora desses sais biliares, ricos em colesterol. Nos intervalos entre as refeições, a parte líquida da bile vai sendo absorvida pelas paredes da vesícula, fazendo com que a mesma fique mais concentrada, ou seja, menor quantidade de água. Este é o mecanismo pelo qual começam a se formar os cálculos ou pedras".

Introdução

Os cálculos biliares ("pedras na vesícula") são formados geralmente no interior da vesícula biliar. O que acontece é que quando a água da bile vai sendo absorvida, os sais biliares vão ficando mais concentrados. Como já dito, esses cálculos são ricos em colesterol.

O mecanismo é semelhante ao da formação dos cálculos renais ("pedras nos rins"), e se assemelha à formação das pérolas, nas conchas. Os sais biliares, mais concentrados, vão ficando mais próximos e acabam se agrupando; com o passar do tempo, mais e mais sais se juntam aos anteriores.

Já que os sais são ricos em colesterol, podemos concluir que os cálculos são formados principalmente por esse componente. Esses cálculos ficam armazenados na vesícula e, em determinado momento, podem migrar pelos canais que levam a bile até o intestino. É aí que está o maior problema.

Fatores de risco

Alguns fatores estão associados a um risco maior de desenvolvimento de "pedras na vesícula".

São eles:

Obesidade: aumenta a secreção de colesterol na bile

Perda importante de peso: também aumenta a perda de colesterol na bile

Uso de anticoncepcionais orais

Sexo feminino

Idade avançada

Gravidez

Dieta rica em gorduras

Vida sedentária

Hipertensão arterial (pressão alta)

Tabagismo

Predisposição genética

Anemia hemolítica crônica: ocorre quando as hemácias (células vermelhas do sangue) são destruídas.

Sintomas

Algumas vezes, os cálculos podem não causar nenhum sintoma, de forma que o indivíduo nem imagina que tem esse problema. Os sintomas surgem principalmente quando ocorre inflamação da vesícula ou quando o cálculo migra para os canais que conduzem a bile.

No caso da migração das pedras, elas acabam obstruindo os canais, pois esses são muito estreitos.

Com isso, a pressão dentro da vesícula aumenta e ocorre distensão (como se ela aumentasse de tamanho muito rápido), levando ao sintoma mais característico: a chamada cólica biliar. Essa dor aparece na região da "boca do estômago", vai aumentando de intensidade e passa a localizar-se mais para o lado direito do abdome.

O indivíduo pode também contar que sente dor no ombro direito ou nas costas. Nos casos sem complicações, dura até uma hora. Pode ser desencadeada após refeição muito gordurosa, refeição normal ou quando o paciente se alimenta após um longo período de jejum.

Náuseas e vômitos podem surgir no momento em que a dor atinge o máximo de intensidade. A febre ocorre quando há inflamação dos canais ou da vesícula. Se a febre for alta e acompanhar-se de calafrios, indica a existência de infecção por bactérias, uma doença chamada colangite.

Quando o cálculo obstrui o canal de drenagem da bile, o paciente pode apresentar icterícia ("amarelão"), ou seja, fica com a pele e a porção branca dos olhos com coloração amarelada. Isso ocorre porque a bile fica "parada" na vesícula e a bilirrubina (pigmento amarelado presente na bile) vai sendo absorvida e passa para o sangue. Nesses casos, a urina pode ficar escura (amarronzada) e as fezes claras.

Diagnóstico

A história que o paciente conta é bem característica, e orienta o pensamento do médico para o diagnóstico. Para a confirmação da presença dos cálculos realiza-se o exame de ultra-som. No caso dos cálculos biliares, como a maioria é formada de colesterol, eles não aparecem na radiografia, ao contrário dos cálculos renais (que são formados principalmente por cálcio e, como os ossos, aparecem à radiografia). Por isso o ultra-som é tão importante. No entanto, outros exames podem ser utilizados, como a cintilografia.

Exames de sangue podem ser solicitados quando há suspeita de alguma complicação da doença.

Complicações

Além da cólica biliar, o paciente com cálculos biliares está sob risco de outras complicações:

Colecistite aguda: é a inflamação aguda da vesícula, que ocorre quando o cálculo fica preso logo na saída do órgão. O paciente apresenta uma dor forte e constante e também febre.

Coledocolitíase: o colédoco é o principal canal que leva a bile desde a vesícula até o intestino. A coledocolitíase desenvolve-se quando o cálculo obstrui esse canal. Nesses casos o paciente apresenta a icterícia ("amarelão").

Colangite: é a infecção dos canais biliares por bactérias, após a obstrução. A bile "parada" favorece a proliferação de bactérias.

Pancreatite: inflamação do pâncreas. Ocorre porque o canal que leva a bile da vesícula para o intestino passa dentro do pâncreas e se junta com o canal principal que drena o suco pancreático. Quando o cálculo obstrui esses ductos, o suco pancreático fica retido e acaba agredindo o próprio pâncreas.

Tratamento

O tratamento pode ser feito com medicamentos ou por cirurgia, com a retirada da vesícula (colecistectomia). Os medicamentos atuam dissolvendo o cálculo, e podem ser indicados para aqueles pacientes que não apresentam sintomas.

Porém, esse tratamento apresenta alguns inconvenientes, como: uso prolongado de medicamento caro; recorrência dos cálculos após a interrupção do uso. Esses fatores, aliados aos ótimos resultados obtidos com a colecistectomia por laparoscopia, têm feito com que a cirurgia seja preferível.

A cirurgia está indicada nos seguintes casos:

Paciente com sintomas graves o bastante para interferir com sua rotina diária

Paciente que apresentou alguma complicação devido à presença dos cálculos

Paciente que possui algum fator que aumente seu risco de desenvolvimento de complicações.

A colecistectomia pode ser realizada de duas maneiras:

1. Convencional, na qual o cirurgião faz uma incisão no abdome e visualiza diretamente a vesícula;

2. Laparoscopia, na qual o cirurgião introduz duas ou três cânulas em pequenas aberturas na parede abdominal, e visualiza a cavidade por meio de um monitor.

A via laparoscópica é preferida, pois o resultado estético é melhor, a dor no pós-operatório é mais leve, a duração da internação é menor e o paciente volta mais rápido ao trabalho e a suas atividades habituais.

Outro tratamento que pode ser utilizado é a litotripsia extracorpórea, da mesma forma que utilizada para os cálculos renais. Nessa técnica, aplicam-se ondas de choque na superfície do abdome, dirigidas ao cálculo, com o objetivo de quebrá-lo em pedaços menores que possam ser eliminados. Deve ser utilizada em associação aos medicamentos que dissolvem os cálculos. Porém, as indicações desse tratamento são restritas.

Prevenção

Ainda não foram determinadas maneiras para prevenir a formação dos cálculos biliares, porém algumas recomendações são feitas:

Dieta rica em fibras e com menor quantidade de gordura

Manter o peso ideal, evitando a obesidade

Prática de atividades físicas

Interromper o tabagismo.

Fonte: boasaude.uol.com.br


Gastroenterologia/Proctologia/Fìgado



Para entender a natureza dos cálculos é útil conhecer a anatomia da vesícula e dos canais biliares. A vesícula é um órgão em forma de pêra que está abaixo do fígado no lado superior direito do abdômen. O fígado produz bile, um líquido amarelo necessário para ajudar na digestão de gorduras. Os ductos ou tubos, levam a bile do fígado para a vesícula, que se contrai periodicamente para lançar a bile dentro do intestino.



COMO FORMAM AS PEDRAS?

A bile é composta de uma variedade de substâncias, incluindo colesterol, sais biliares e certos pigmentos. A vesícula absorve a água da bile causando a sua concentração. Em algumas pessoas formam finos cristais de colesterol e pigmentos. Esses cristais crescem gradualmente até formar uma ou centenas de pedras. Cerca de 80% das pedras são compostas de colesterol e o restante são feitos de pigmentos, sais biliares e outras substâncias.



QUEM DESENVOLVE PEDRAS?

É mais freqüente em nosso meio a mulher, acima de 40 anos com filhos e obesa. A proporção no sexo masculino é menor. A perda rápida de peso produz pedras em algumas pessoas. A hereditariedade, idade, dieta e gravidez são provavelmente fatores importantes no desenvolvimento das pedras.



SINTOMAS

Muitos pacientes com pedras não tem sintomas. Cerca de 50% dos pacientes eventualmente experimentam um dos seguintes sintomas:

- Cólica: A dor da cólica usualmente ocorre após a alimentação quando a vesícula se contrai. É freqüente também na alta madrugada. Durante a contração a saída da vesícula é obstruída por uma ou mais pedras, ou mesmo na saída para o intestino. Esta situação causa uma dor intermitente freqüentemente forte, que é sentida na região do estômago ou mesmo no lado superior direito do abdômen. A cólica pode ser de poucos minutos ou por várias horas.

- Inflamação da vesícula: Ocasionalmente, as pedras irritam a vesícula provocando uma inflamação. Esta condição produz uma constante e severa dor na parte superior direita do abdômen. É conhecido como colecistite aguda. É uma condição séria.

- Icterícia: Quando a pedra aloja-se na saída principal para o intestino, o fluxo da bile é bloqueado e não pode alcançar o intestino. Há uma volta da bile para o sangue. A pele torna-se amarelada, a urina escura e as fezes esbranquiçadas.

- Outros sintomas: As pedras são freqüentemente acusadas de provocar indigestão, náusea e intolerância a alimentos gordurosos. Entretanto muitas pessoas que apresentam estes sintomas, não tem as pedras. Portanto o médico nem sempre está seguro de ser as pedras a causa desses sintomas.



DIAGNÓSTICO

O médico ou mesmo o paciente pode suspeitar a presença de pedras, simplesmente pelos sintomas. Um ultra-som é o exame mais adequado pela simplicidade, rapidez e pelo baixo custo. Outro fator importante é a inexistência de contra indicação. Neste exame ondas sonoras são dirigidas para dentro da vesícula mostrando a anatomia e a presença ou ausência das pedras.



TRATAMENTO

Como muitos pacientes com pedras não desenvolve sintomas, atualmente é controverso se há ou não indicação de tratamento. Quando o tratamento é indicado envolve um dos seguintes:

- Cirurgia laparoscópica: Esta técnica é o tratamento de escolha para a grande maioria dos pacientes. São realizadas 4 a 5 pequenas incisões no abdômen. Uma microcâmera é inserida em um deles e nas outras incisões são colocadas as pinças necessárias para separar a vesícula do fígado. A vesícula inteira e as pedras são retiradas por um dos orifícios. Com esta técnica, o procedimento é mais confortável, baixa permanência hospitalar, baixo risco de infecção e condição estética agradável.

- Cirurgia tradicional: No passado era o tratamento de escolha. Com esta cirurgia é feito uma incisão de 10 a 20cm no lado direito do abdômen e a internação é de 3 a 6 dias. Há situações em que este tipo de cirurgia é necessária.

- Dissolventes de pedras: Há drogas disponíveis que dissolvem as pedras de colesterol. A completa dissolução dos cálculos, quando ocorre, leva de 6 meses a 2 anos. Sendo o tratamento de manutenção necessário. Como dificuldade há o custo do medicamento, e alta taxa de retorno das pedras. Pela simplicidade e rapidez da cirurgia laparoscópica, esta técnica é hoje de longe a mais comumente usada. O organismo funciona normalmente sem a vesícula.



PREVENÇÃO

Há atualmente certas recomendações de como prevenir os cálculos:

- Fortes evidências: Manter o peso ideal mas não perder mais de 1 quilo e meio por semana.

- Baixas evidências: Aumento de fibras vegetais, vitamina C e café. Adicionalmente atividades físicas parecem Ter um valor de proteção.



RESUMO

A pedra na vesícula é uma desordem comum e freqüentemente não causa sintomas. Entretanto eles podem produzir dor severa, e sérias complicações que requerem uma abordagem adequada. O objetivo é evitar situações de complicações clínicas (pancreatite, bacteremia, etc.) e cirúrgicas. Para as pedras sintomáticas, a cirurgia laparoscópica é a mais comumente usada embora outras formas de tratamento são disponíveis.

gastroweb



IMPORTANTE

• Procure o seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.

• As informações disponíveis no site da Dra. Shirley de Campos possuem apenas caráter educativo.

Publicado por: Dra. Shirley de Campos









Um comentário:

  1. Eu fui diagnosticada com pedras na vesícula e resolvi não fazer a cirurgia. Busquei acompanhamento com nutricionista e nunca mais tive crises. NUNCA MAIS! Criei um Instagram para compartilhar com todos as dicas de
    alimentos, pratos, lanches e restaurantes saudáveis onde pode-se obter alimentação com baixo teor de gordura, é o @VivendoComPedrasNaVesicula! Me segue lá: https://instagram.com/vivendocompedrasnavesicula

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