sexta-feira, 30 de julho de 2010

CONHEÇAM E ACESSEM O PORTAL ONCOGUIA



Equipe Oncoguia

“O câncer é um problema de saúde pública e de todos nós”. Com esta orientação, governo, médicos e associações de pacientes se reuniram no dia 27 de maio de 2010 para debater o acesso universal à saúde, em especial aos tratamentos de câncer no Brasil. O I Fórum de Discussão de Políticas Públicas em Oncologia foi organizado pelo Instituto Oncoguia, entidade sem fins lucrativos dedicada a defender os interesses e os direitos dos pacientes com câncer - doença que atinge hoje 500 mil novas pessoas por ano. O evento aconteceu em São Paulo,no anfiteatro do CIEE, apoiador do evento.

Foram discutidas questões determinantes para o funcionamento adequado do sistema de saúde brasileiro. Especialistas como Dr. Auro del Giglio, Dr. Paulo Hoff, Dr. Claudio Noronha entre outros renomados especialistas convidados apresentaram um retrato epidemiológico do câncer no Brasil, as políticas públicas relacionadas à prevenção, diagnóstico e tratamento em vigor nas redes pública e privada; os processos utilizados na definição das prioridades para inclusão de novas terapias; as implicações orçamentárias das ações judiciais em busca de serviços de saúde e a importância da educação e da comunicação como instrumentos de fomento para uma participação ativa da comunidade no desenvolvimento e controle destas políticas.

“O fórum teve o objetivo de começar a juntar todas as peças de um grande quebra-cabeças”, destaca Luciana Holtz, psico-oncologista e presidente do Instituto Oncoguia. “Acreditamos na importância de ampliarmos o diálogo e aproximarmos todos os envolvidos no mundo do câncer, afinal, estamos sim falando de um problema de saúde pública e também de todos nós. Como sociedade civil temos o compromisso e o dever de ajudar de forma organizada à busca de soluções contribuindo assim para a implementação de políticas públicas que se ajustem a realidade atual do país e atendam às necessidades dos pacientes de câncer no que se refere ao diagnóstico e tratamento. Desta forma, estaremos garantindo o direito constitucional destas pessoas à saúde, a uma melhor qualidade de vida e em muitos casos de cura”.

O Instituto Oncoguia é uma associação sem fins lucrativos formada por profissionais de saúde e pacientes com câncer. Seu principal objetivo é transformar a realidade da doença no Brasil por meio da disseminação para pacientes, familiares e população em geral de informações consistentes relacionadas ao autocuidado, qualidade de vida e cidadania. Um de seus principais projetos é o Portal Oncoguia, criado em 2003, e já considerado uma referência em relação a doença, seus avanços e formas de tratamento.

ALGUNS MARCADORES TUMORAIS


CA 15-3

MCA

CA 125

CA 19-9

USO CLÍNICO

Os chamados marcadores tumorais (MT) são substâncias utilizadas como indicadores de malignidade. Na maioria dos casos, são produtos normais do metabolismo celular que apresentam aumento de produção devido à transformação maligna.
Os MT têm auxiliado a clínica nas seguintes situações:

1.Triagem em casos específicos, como em grupos de alto risco, associado a exames complementares;

2.Diagnóstico diferencial;

3.Avaliação de prognóstico;

4.Monitoração de tratamento:

avaliação da resposta terapêutica

detecção precoce de recidiva.

Os MT conhecidos até hoje não são sensíveis o suficiente para serem usados em triagem populacional ou para o estabelecimento de diagnóstico primário de câncer.



CA 15-3

É o MT por excelência do câncer de mama, é o mais sensível e específico sendo superior ao CEA (Antígeno Carcinoembrionário).

O valor de referência é de 30 U/ml.

A sensibilidade varia de acordo com a massa tumoral e estadiamento clínico, sendo de 88% a 96% na doença disseminada (10).

Na fase inicial, apenas 23% dos casos apresentam aumento (8). A grande utilização do CA 15-3 é para o diagnóstico precoce de recidiva, precedendo os sinais clínicos em até 13 meses (9). Recomenda-se a realização de dosagens seriadas de CA 15-3:

pré-tratamento;

2 a 4 semanas após tratamento cirúrgico e/ou início da quimioterapia ;

repetição a cada 3 a 6 meses (11).

A elevação >25% a partir do nível sérico pós-tratamento, indica em 84% dos casos progressão da doença, enquanto a diminuição de pelo menos 50% é observada em 76% dos casos com regressão tumoral comprovada. Variações inferiores a 25% estão presentes na estabilização da doença (8). Em relação ao prognóstico, pacientes com valores pré-operatórios >40 U/ml têm uma probabilidade de 77% de recidiva em 5 anos (12). Apenas 1,3% da população sadia tem CA 15-3 elevado (5). Não há alteração significativa na gravidez ou durante o ciclo menstrual (4). Valores alterados podem ocorrer no câncer de pâncreas, pulmão, fígado, ovário e colo uterino ou, mais raramente, em doenças benignas de mama e hepatopatias.



MCA

O "Mucin-like Carcinoma associated Antigen" - MCA - é também utilizado como MT para o câncer de mama. Tem boa correlação com o CA 15-3, sendo util na avaliação prognóstica e controle terapêutico.

O valor de referência é de 14 U/ml.

Não deve ser usado no diagnóstico de doença locorregional (11). A sensibilidade do MCA é inferior a do CA15-3, sendo de 60% nos casos de doença metastática. Tem boa especificidade, chegando a 87% em alguns estudos (13). Entretanto pode elevar-se discretamente em cerca de 15% dos casos de doenças benignas de mama, porém em concentração inferior aos valores observados nos casos de câncer. Os níveis séricos de MCA elevam-se na gestação, principalmente no terceiro trimestre, em tumores de ovário, colo uterino, endométrio e próstata.



CA 125

O CA 125 é o MT utilizado principalmente como para câncer de ovário, sendo também útil para câncer de endométrio e endometriose.

O valor de referência é de 35 U/ml na maioria dos trabalhos científicos, podendo ser considerado 65 U/ml quando o objetivo é uma maior especificidade.

A sensibilidade para o diagnóstico de câncer de ovário é de 80 a 85% no tipo epitelial variando de acordo com o estadiamento, sendo de 50% no estádio I, 90% no estádio II, 92% e 94% nos estádios III e IV, respectivamente (14).

As principais indicações do CA 125 são:

Diferenciação pré-operatória de massas pélvicas: 82% dos casos malignos têm CA 125 >35 U/ml e 91% com origem não maligna (21). O grau de diferenciação tumoral não influi no nível sérico;

Avaliação prognóstica: valores superiores a 65 U/ml correspondem a apenas 5% de sobrevida em 5 anos (14);

Avaliação do sucesso cirurgico: 95% das pacientes com doença residual têm CA 125 elevado (14). Tumores microscópicos ou com volume até 1 cm que podem coexistir com valores normais;

Monitoração de terapêutica: a sensibilidade para recorrência de doença chega a 95%, podendo preceder as alterações clínicas em média de 6 meses (20).

Muitos estudos têm sido realizados no sentido de utilizar o Ca 125 juntamente com exame pélvico e ultrassonográfico em triagem populacional de câncer de ovário, com boas perspectivas, dada a grande especificidade (15, 16).

O CA 125 pode ser utilizado no seguimento de outras patologias ginecológicas:

a) Endometriose: o grau de elevação do CA 125 varia com a severidade da doença, sendo a positividade de 8%, 19,6%, 44,7% e 86,7% nos estádios I, II, III e IV, respectivamente (14). Os níveis séricos correlacionam-se com o curso clínico da doença, havendo queda significativa após tratamento clínico ou cirúrgico.

b) Câncer de endométrio: há aumento de CA 125 em 22,4% dos casos nos estádios I e II e em 81,8%, nos estádios III e IV (14). A elevação pré-operatória é indicativa de acometimento extra-uterino em 95% dos casos, isto é, pode ser usado como indicador de malignidade em adição aos fatores de risco clássicos: tipo histológico, diferenciação do tumor, invasão miométrio e invasão vascular.

Valores elevados de CA 125 podem ser observados em cerca de 20% das gestantes, predominantemente no primeiro trimestre de gestação (5). Há elevação dos níveis de CA 125 durante o período menstrual, porém só raramente ultrapassam os valores de referência. Tumores de pâncreas, estômago, fígado, cólon, reto, mama e pulmão, teratomas ou cirrose hepática podem elevar o CA 125.



CA 19-9

É indicado como MT do trato gastrointestinal: em câncer de pâncreas e trato biliar como primeira escolha e no colorretal como segunda escolha. O CA 19-9 é um carboidrato relacionado ao grupo sanguíneo Lewis. Cerca de 5% da população é Le (a-b-), ou seja, incapaz de expressar CA 19-9.

O valor de referência é até 37 U/ml.

A sensibilidade é variável com a localização do tumor: pâncreas 70-94%, vesícula biliar 60-79%, hepatocelular 30-50%, gástrico 40-60% e colorretal 30-40%. Em menor frequência também positiva-se em câncer de mama, de pulmão e de cabeça e pescoço. Algumas doenças como cirrose hepática, pancreatite, doença inflamatória intestinal e doenças autoimunes podem elevar o CA 19-9, sem ultrapassar 120 U/ml. Entre doadores de sangue 99% tem CA 19-9 inferior a 37 U/ml. No câncer de pâncreas, o CA 19-9 tem especificidade de 81-94%. É útil no diagnóstico diferencial, avaliação prognóstica e monitoração terapêutica. Diagnóstico diferencial entre câncer de pâncreas e pancreatite: há aumento de CA 19-9 em cerca de 90% dos casos de câncer de pâncreas enquanto nas pancreatites crônicas de 4-10% e nas pancreatites agudas, 23% (24,26). Valores superiores a 120 U/ml são encontrados em 73% dos casos de câncer de pâncreas e apenas em 6% das pancreatites (27). Em estudo comparativo entre CA 19-9, ultrassonografia e tomografia computadorizada considerando-se resultados corretos versus resultados incorretos ou inconclusivos não há diferença estatística entre eles, sobressaindo-se apenas a biópsia por agulha fina guiada por tomografia computadorizada (22). Prognóstico: boa correlação com o estadiamento,sendo que 87% dos Ca irressecáveis têm CA 19-9 >370 U/ml e 35%, >1000 U/ml (1). Monitoração terapêutica: deve ser realizado seriadamente após tratamento cirurgico; em recidiva, eleva-se até 6 meses antes da presença de achados clínicos ou a tomografia computadorizada (2).

terça-feira, 27 de julho de 2010

Marcadores Tumorais e o Tratamento de Câncer



Equipe Oncoguia

Os médicos utilizam os marcadores tumorais para auxiliá-los nos seguintes casos:

     Rastreamento do câncer

Se uma pessoa apresenta alto risco de desenvolver um câncer, o médico pedirá testes de alguns marcadores tumorais para rastrear o câncer, isto é, para verificar se há algum indício de que o câncer seja desenvolvido. Nestes casos, os marcadores tumorais agem como um alerta e o médico poderá saber se outros exames são necessários e quais exames deverão ser feitos. Os marcadores tumorais podem ajudar o médico a detectar o câncer em um estágio inicial, quando as chances de cura são bem maiores.

     Diagnóstico do câncer

Não é comum o médico pedir teste de marcador tumoral para diagnosticar o câncer. A biópsia é ainda o exame mais utilizado para o diagnóstico do câncer. Por outro lado, o nível do marcador tumoral na época do diagnóstico pode ajudar o médico a prever a evolução provável do câncer. Esta informação que o marcador tumoral fornece é importante para que o médico possa definir com maior precisão a melhor forma de tratamento a ser adotada.

     Monitorizar o tratamento do câncer

Basicamente esse é o uso mais comum que se faz dos marcadores tumorais. Os marcadores tumorais são regularmente dosados durante o tratamento com o objetivo de avaliar se o mesmo está funcionando e se está sendo ou não adequado. Quando um tratamento está sendo monitorizado, dizemos que se trata de um exame seriado. O médico compara esses resultados com o nível do marcador tumoral no início do tratamento. Se o câncer estiver respondendo ao tratamento, os níveis do marcador tumoral quase sempre diminuem. Se os níveis aumentam, isso pode indicar que o tratamento precisa ser modificado.

     Detectar o reaparecimento do câncer

Um outro uso comum dos marcadores tumorais é para a detecção do reaparecimento do câncer. Exames de seguimento realizados regularmente podem ajudar o médico a detectar um possível retorno do câncer antes do mesmo aparecer no exame físico ou em outros tipos de exames, como: raio X, tomografia computadorizada, ressonância magnética. Quanto mais rapidamente a recorrência for detectada, mais fácil e eficaz será seu tratamento.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

CANCER DE ESTOMAGO





O estômago é o órgão que vem logo após o esôfago, no trajeto do alimento dentro do aparelho digestivo. Ele tem a função de armazenar por pequeno período os alimentos, para que possam ser misturados ao suco gástrico e digeridos.
O câncer de estômago (também denominado câncer gástrico) é a doença em que células malignas são encontradas nos tecidos do estômago. Os tumores do câncer de estômago se apresentam, predominantemente, sob a forma de três tipos histológicos: o adenocarcinoma, responsável por 95% dos tumores gástricos, o linfoma, diagnosticado em cerca de 3% dos casos, e o leiomiossarcoma.

Epidemiologia
Cerca de 65% dos pacientes diagnosticados com câncer de estômago têm mais de 50 anos. O pico de incidência se dá em sua maioria em homens, por volta dos 70 anos de idade.
No resto do mundo, dados estatísticos revelam um declínio da incidência do câncer gástrico, especificamente nos Estados Unidos, Inglaterra e em outros países mais desenvolvidos. A alta mortalidade é registrada atualmente na América Latina, principalmente nos países como a Costa Rica, Chile e Colômbia. Porém, o maior número de casos de câncer de estômago ocorre no Japão, onde encontramos 780 casos por 100.000 habitantes.

Fatores Risco
Vários estudos têm demonstrado que a dieta é um fator preponderante no aparecimento do câncer de estômago. Uma alimentação pobre em vitamina A e C, carnes e peixes, ou ainda com uma alto consumo de nitrato, alimentos defumados, enlatados, com corantes ou conservados no sal são fatores de risco para o aparecimento deste tipo de câncer. Outros fatores ambientais como a má conservação dos alimentos e a ingestão de água proveniente de poços que contém uma alta concentração de nitrato também estão relacionados com a incidência do câncer de estômago.
Há também fatores de risco de origem patológica. A anemia perniciosa, as lesões pré-cancerosas como a gastrite atrófica e metaplasia intestinal e as infecções gástricas pela bactéria Helicobacter pylori podem ter fortes relações com o aparecimento desta neoplasia. No entanto, uma lesão pré-cancerosa leva aproximadamente 20 anos para evoluir para a forma grave. Sendo assim, a medida mais eficaz para diminuir os riscos é iniciar uma dieta balanceada precocemente, ainda na infância.
Pessoas fumantes, que ingerem bebidas alcoólicas ou que já tenham sido submetidas a operações no estômago também têm maior probabilidade de desenvolver este tipo de câncer.

Prevenção
Para prevenir o câncer de estômago é fundamental uma dieta balanceada composta de vegetais crus, frutas cítricas e alimentos ricos em fibras. Além disso, é importante o combate ao tabagismo e diminuição da ingestão de bebidas alcoólicas.

Detecção Precoce
A detecção precoce pode ser feita por rastreamento populacional, através de exame radiológico contrastado do estômago. Este procedimento é indicado somente para pessoas que residem em áreas com elevado índice de incidência e mortalidade, como o Japão.
No entanto, ao sentir sintomas digestivos como dor de estômago, saciedade precoce ou vômitos, inclusive hemorrágicos, procure um médico.

Sintomas
Não há sintomas específicos do câncer de estômago. Porém, algumas características como perda de peso, anorexia, fadiga, sensação de plenitude gástrica, vômitos, náuseas e desconforto abdominal persistente podem indicar uma doença benigna ou mesmo o câncer de estômago.
Massa palpável na parte superior do abdome, aumento do tamanho do fígado e presença de linfonodo (íngua) na região supraclavicular esquerda (região inferior do pescoço) e nódulos periumbilicais indicam o estágio avançado da doença.
Sangramentos gástricos são incomuns em lesões malignas, entretanto, a hematemese (vômito com sangue) ocorre em cerca de 10 a 15% dos casos de câncer de estômago.

Diagnóstico
Um número elevado de casos de câncer de estômago é diagnosticado em estágio avançado devido aos sintomas vagos e não específicos. Embora a taxa de mortalidade permaneça alta, um significativo desenvolvimento no diagnóstico deste tipo de câncer permitiu a ampliação do número de detecções de lesões precoces. Atualmente são utilizados dois exames na detecção deste tipo de câncer: a endoscopia digestiva alta, o método mais eficiente, e o exame radiológico contrastado do estômago. A endoscopia permite a avaliação visual da lesão, a realização de biópsias e a avaliação citológica da mesma. Através da ultrassonografia endoscópica é possível avaliar o comprometimento do tumor na parede gástrica, a propagação a estruturas adjacentes e os linfonodos.

Tratamento
O tratamento cirúrgico é a principal alternativa terapêutica para o câncer de estômago. A cirurgia de ressecção (gastrectomias) de parte ou de todo o estômago associada à retirada de linfonodos, além de permitir ao paciente um alívio dos sintomas, é a única chance de cura. Para determinar a melhor abordagem cirúrgica, deve-se considerar a localização, tamanho, padrão e extensão da disseminação e tipo histológico do tumor. São também esses fatores que determinam o prognóstico do paciente. A radioterapia e a quimioterapia são considerados tratamentos secundários que associados à cirurgia podem determinar melhor resposta ao tratamento.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

CANDIDÍASE

A candidíase é uma doença provocada por fungo e que deve ser tratada com antimicóticos. Suas manifestações podem ser diferentes nos vários indivíduos, mas elas têm algo em comum, pois provocam grande desconforto vaginal. Relacionada também com a alimentação, a candidíase, muitas vezes, pede ao organismo que retome um cardápio saudável para que o tratamento venha a surtir efeito mais rápido e prolongado. Verificar as origens ou os antecedentes da candidíase é muito importante, pois facilita o diagnóstico e a compreensão do tratamento.


A Candida ou Monília é um fungo e a candidíase ou monolíase vaginal é, portanto, uma micose.
A candidíase é também conhecida como monolíase, uma espécie de afta, e é considerada uma infecção. O fato da Candida albicans estar presente na maioria dos seres humanos não significa problema, a menos que esses organismos comecem a crescer acima de suas quantidades consideradas normais, provocando a infecção que prefere em especial as mulheres.


A candidíase, especialmente a candidíase vaginal, é uma das causas mais freqüentes de infecção nos genitais. Além do prurido e do ardor, ela também provoca dispareunia, ou dor durante o coito, e a eliminação do corrimento vaginal em grumos. Com freqüência, a vulva e a vagina encontram-se edemaciadas (inchadas) e irritadas (avermelhadas). As lesões podem estender-se pelo períneo, região perianal e inguinal. No homem, apresenta-se com hiperemia da glande e prepúcio e, eventualmente, por um leve edema e pequenas lesões puntiformes, avermelhadas e pruriginosas. Não é uma doença de transmissão exclusivamente sexual.


As mulheres grávidas são bastante propensas a esse tipo de infecção, bem como as mulheres na fase antes do período menstrual. Pacientes com deficiência do sistema imunológico, como os portadores de AIDS, são bastante sensíveis a essas infecções por não conseguirem combater esses germes naturalmente.



A Candida se manifesta e começa a crescer em quantidades desproporcionais quando a resistência do organismo cai ou quando as defesas na região vaginal estão diminuídas.


Alguns fatores são causadores desta micose: antibióticos, gravidez, diabetes, infecções, deficiência imunológica, medicamentos como anticoncepcionais e corticóides.Existem outros fatores ainda que predispõem ao aparecimento da infecção, como o uso de medicamentos imunosupressivos, a obesidade, o uso de roupas justas etc. Também o uso de sprays nasais que contêm cortisona e/ou outros esteróides provoca o seu super crescimento no trato respiratório.


Algumas auto-observações podem ser um bom indicador para o paciente fornecer ao médico, para que este possa confirmar o diagnóstico de candidíase, como por exemplo algumas perguntas que o portador de Candidíase deve fazer a si mesmo:


1. Você já tomou tetraciclina ou outro antibiótico para acne por um mês ou mais?


2. Em alguma época de sua vida, você tomou algum outro antibiótico de 'amplo espectro' contra infecções respiratórias, urinárias ou outras, por 2 meses ou mais, ou, mesmo em períodos mais curtos, por quatro vezes no mesmo ano?


3. Em alguma época já sofreu desconforto devido a persistente prostatite, vaginite ou outros problemas que afetam os órgãos reprodutores?


4. Já ficou grávida por duas ou mais vezes?


5. Toma pílulas anticoncepcionais por mais de 2 anos?


6. Tomou alguma droga tipo cortisona via oral ou inalação por mais de 2 semanas?


7. A exposição a perfumes, inseticidas, odores de fábricas ou outros químicos provocam sintomas brandos, moderados ou severos?


8. Seus sintomas pioram em dias quentes e úmidos, ou em lugares mofados?


9. Já teve pé-de-atleta, coceiras ou outras infecções crônicas com fungos da pele ou unhas, que foram severos ou persistentes?


10. Você se percebe ávido por açúcar, pães ou bebidas alcoólicas?



É um dos mais irritantes corrimentos, e provoca corrimento espesso, como uma nata de leite (tipo coalho), geralmente acompanhado de coceira ou irritação intensa. A candidíase pode ser observada eventualmente no parceiro sexual, o qual manifesta pequenas manchas vermelhas no órgão sexual. Isso significa que a infecção é sexualmente transmissível. Em geral, os agentes etiológicos das DST (doenças sexualmente transmissíveis) têm o trato genital humano como único reservatório e mal sobrevivem fora do corpo humano.


A Candidíase irá afetar os indivíduos de formas diferentes - uns podem ter distúrbios gastro-intestinais, outros podem ter problemas respiratórios e outros ainda, manifestações dermatológicas. Um problema comum a muitas pessoas, é que muitos pacientes que sofrem de Candidíase não possuem ácido estomacal suficiente para impedir que a Candida volte a aparecer assim que eles voltam para sua dieta normal.


Em geral a transmissão da candidíase ocorrerá se a parceira estiver predisposta a isto, isto é, se estiver imunologicamente predisposta e os seus mecanismos de defesa falharem por alguma razão. E acrescenta: É uma doença muito comum nas mulheres e em geral é uma doença primária, isto é, surge em decorrência de algum desequilíbrio da flora vaginal normal da própria paciente e não por transmissão sexual, embora isto possa ocorrer.



O sistema imunológico é responsável por manter sob controle o crescimento da Candida albicans. Entretanto, se por alguma razão o sistema se tornar deprimido, ou também diante do uso prolongado de antibióticos, pílulas anticoncepcionais, esteróides como a prednisona, o sistema imunológico já não pode mais controlar o crescimento desse fungo. Com o crescimento descontrolado, ele pode causar uma série de problemas.


O diagnóstico é feito através do exame ginecológico, além de exames de laboratório e do Papanicolau, onde o material é colhido e analisado microscopicamente.

Usar sabonete neutro, em banhos diários, preferencialmente mais de um banho por dia no verão. Usar roupa íntima de algodão, evitando produtos sintéticos, inclusive meia calça, para que a pele possa respirar e a umidade ser diminuída. No contato sexual, usar preservativo. É aconselhável fazer a higiene genital com muito cuidado, evitando o uso de duchas vaginais.



A Candida se manifesta sob uma série de condições diferentes. O tratamento tem efeito em quatro a seis semanas, em cerca de 75% ou mais dos casos, às vezes mais cedo. Cerca de outros 25% necessitam de um tratamento mais prolongado, afirma ele.


O tratamento para combater a candidíase é feito à base de antimicóticos mas deve-se tentar tratar as causas da candidíase para evitar as recidivas. Fazer uma dieta especial, preparada em conjunto com o médico a o nutricionista, ajuda a recuperar a saúde e a reconstruir o sistema imunológico.


O tratamento é sistêmico e também é feito com cremes locais à base de antifúngicos, em geral de 3 a 7 dias. Em casos mais resistentes, deve-se fazer o tratamento por via oral, bem como na suspeita de que o parceiro também tenha a doença, este deverá ser tratado.


O tratamento do homem também se faz através de antimicóticos locais ou sistêmicos (em casos mais rebeldes).