Como o HIV e outras DST são transmitidas?
• O HIV e outras DST são transmitidas através de relações sexuais com uma pessoa já infectada.
• O HIV e outras DST tais como a Hepatite B são também transmitidas quando o sangue de uma pessoa infectada entra em contado com o fluxo sanguíneo de uma pessoa não infectada, ou através de transfusões de sangue de uma pessoa infectada.
• Muitas pessoas infectadas pelo HIV ou que contraíram outras DST não aparentam estar ou se sentem doentes. Mas isso não as impede de transmiti-la, mesmo sem saber.
• Homens e mulheres com infecções ou feridas genitais tem maior chance de contrair o HIV ou transmiti-lo a outras pessoas. Outras DST podem causar essas feridas ou infecções.
• Uma mulher infectada pelo HIV pode passar o vírus para o filho antes do parto ou durante a amamenta
forma de prevenção
Colocar o preservativo: use-o em TODAS as relações sexuais. Os preservativos fornecem uma boa proteção contra o HIV/AIDS e outras DST’s.
O uso dos preservativos evita as DST e, junto com outros métodos anticoncepcionais, dá proteção extra contra a gravidez.
Extraido de: boasaude.uol.com.br
GONORRÉIA E CLAMÍDIA
Corrimento vaginal e ureteral pode ser sinal de Gonorréia ou Clamídia.
A Gonorréia é uma DST (doença sexualmente transmissível) causada por uma bactéria chamada Neisseria gonorrhoeae (gonococo). Seu período de incubação, ou seja, o período entre o contágio até o surgimento dos sintomas, varia de 2 a 8 dias.
A transmissão só é feita de 2 maneiras, via sexual (oral, vaginal e anal) e entre mãe e filho durante o parto. Não há descrições de transmissão do Gonococo através banheiros públicos ou piscinas . A gonorréia pode ser transmitida mesmo quando assintomática ou quando não há ejaculação.
O principal sintoma é a uretrite, inflamação da uretra, caracterizada por um corrimento purulento, de aspecto leitoso, e ardência ao urinar. Costuma ser sintomático nos homens mas pode passar desapercebido nas mulheres. Essa particularidade faz com que as complicações sejam mais comuns no sexo feminino, uma vez que, se nada sentem, não procuram tratamento médico.
Homens jovens raramente apresentam infecção urinária, portanto, a presença de disúria (ardência ao urinar) neste grupo, indica sempre a investigação de DST.
Corrimento uretral
Enquanto que 90% dos homens apresentam sintomas, até 50% das mulheres podem apresentar a infecção assintomática. Quando há sintomas, estes são corrimento, prurido vaginal, escapes de sangue fora da menstruação e ardência ao urinar.
Os órgãos genitais são os mais acometidos, mas pessoas que praticam sexo anal e oral podem apresentar infecção anal e faringite pela Neisseria gonorrhoeae.
Quando não tratada, a gonorréia pode levar a grande número de complicações, a começar pela infecção dos testículos e próstata nos homens, e doença inflamatória pélvica nas mulheres, uma infecção grave dos órgãos reprodutores acometendo útero, ovários e trompas. Em ambos pode ocorrer estreitamento da uretra e infertilidade.
O Gonococo não tratado também pode levar a disseminação da doença pelo corpo. Normalmente causam:
- Artrites infecciosas em joelho, tornozelos e cotovelos
- Lesões de peles (pequenos pontos purulentos principalmente em mãos e pés)
- Acometimento do fígado com hepatite
- Endocardite (infecção das válvulas do coração)
- Meningite
- Osteomielite (infecção dos ossos)
Além da doença disseminada, a gonorréia não tratada em grávidas, pode ocasionar parto pré-maturo e infecção do recém-nascido, principalmente lesões oculares.
O tratamento da gonorréia é simples e normalmente feito com uma dose única de antibiótico. O parceiro deve ser sempre investigado e tratado.
CLAMÍDIA
A diferenciação só é feita através do exame microscópico do corrimento. Como o tratamento também é simples, a distinção em geral não é necessária e o médico costuma prescrever um antibiótico que cure as 2 infecções, até porque a co-infecção pelas 2 bactérias é muito comum.
Como em qualquer DST, o uso de preservativos é essencial para evitar a contaminação.
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SOROLOGIA PARA HIV
O teste para avaliar a infecção pelo HIV não detecta o vírus, mas sim a presença de anticorpos contra o mesmo.
Os anticorpos são proteínas produzidas para combater agentes infecciosos específicos. Uma vez que o HIV entra no nosso organismo, ele é capturado pelas células de defesa e sua estrutura é analisada. A partir desse momento, produzimos anticorpos que são específicos contra o vírus.
Nosso organismo tem várias células encarregadas de nos defender contra invasores, como os linfócitos, neutrófilos, macrófagos etc... Essas células atacam tudo que for estranho ao organismo.
Os anticorpos são armas mais específicas. Um anticorpo contra o HIV só ataca o vírus do HIV. Ele é inócuo para outras infecções, como por exemplo, gripe ou varicela (catapora), mas é muito mais potente contra o HIV. Cada infecção tem seu próprio anticorpo. Se nunca tivermos contato com um determinado micróbio, nunca teremos anticorpos específicos contra ele.
Quando entramos em contato com algum germe pela primeira vez, o corpo demora algum tempo para analisar a estrutura e produzir anticorpos específicos. Quando algum micróbio já conhecido pelo organismo nos infecta novamente, imediatamente os anticorpos produzidos na infecção anterior são recrutados para atacar o invasor. Esse é o princípio da vacina. Estimular a produção de anticorpos específicos para que, quando entrarmos em contato com o agente infeccioso este impeça a doença de se desenvolver.
Portanto, no caso do HIV, o que procuramos é a presença ou não do anticorpo específico. A essa pesquisa damos o nome de sorologia.
A sorologia do HIV tem uma margem de acerto superior a 99%. Um teste quando positivo é sempre repetido pelo menos mais 1 vez. Isso praticamente elimina a possibilidade de erros. Estes quando ocorrem são normalmente por erro humano e não por falha do exame.
Os testes mais novos conseguem detectar a presença de anticorpos até 6 semanas após a exposição ao vírus. Para se ter total certeza da infecção ou não, o teste deve ser repetido com 12 e 24 semanas quando o primeiro é negativo. Não adianta fazer o teste antes desse período que é chamado de janela imunológica.
O procedimento atual após uma situação de risco, tipo relação sexual não protegida ou acidente com material biológico, é colher uma sorologia o mais rápido possível. Isso serve para diferenciar pessoas já infectadas previamente. Imagine que você teve uma relação não protegida e 2 dias depois resolve fazer o teste para o HIV. Se este der positivo significa que você já tinha o vírus, uma vez que não houve tempo hábil para produção e detecção dos anticorpos. Se você só fizesse o teste 6 semanas depois, ficaria com a idéia de ter contraído a doença nesta relação desprotegida, quando na verdade a infecção é anterior.
É sempre bom salientar que um exame negativo para HIV reflete o estado do paciente há pelo menos 6 semanas. Se o seu parceiro apresentar um exame negativo para HIV, mas tiver tido alguma relação não protegida nas últimas 6 semanas, esse teste de nada vale.
Toda relação sexual deve ser feita com preservativos. Mesmo para pessoas casadas.
SAIBA COMO SE PEGA E TRANSMITE HIV E AIDS
A AIDS é uma doença infecciosa, transmitida por um vírus chamado HIV. Só se contrai o vírus de uma pessoa infectada pelo mesmo. Ou seja, não se pega AIDS tendo relações sexuais com alguém que não tenha o vírus, não se pega AIDS se masturbando e não se pega AIDS através de transfusão de sangue não contaminado.
É importante diferenciar o HIV da AIDS. O HIV é o vírus, enquanto que a AIDS é a doença causada pelo vírus. É possível ter o HIV e não ter AIDS. Algumas pessoas são carreadoras assintomáticas do vírus. Na verdade, a maioria das pessoas passa vários anos tendo o HIV, mas sem desenvolver a AIDS. A média de tempo entre a contaminação com o vírus e o desenvolvimento da doença é de 10 anos.
Atenção: A AIDS AINDA NÃO TEM CURA. Os tratamentos avançaram muito nas últimas décadas, mas ainda não existe cura para a doença.
Para se desenvolver a doença, o vírus precisa ter contato com a circulação sanguínea. Portanto, o simples contato com a pele não é suficiente para a transmissão da doença. A pele é a nossa principal barreira de proteção contra as agressões externas, porém, alguns locais da nossa pele não são barreiras tão eficientes. A glande do pênis, o ânus e a mucosa da vagina apresentam poros que possibilitam a invasão do HIV para dentro do organismo. A mucosa oral também não é tão eficiente porque frequentemente pode apresentar feridas.
O contato da pele ferida com os órgãos sexuais também pode levar a transmissão, como no caso de feridas nos dedos e introdução do mesmo na vagina ou ânus.
O sexo oral pode transmitir HIV, principalmente se houver lesões na cavidade oral como gengivites, aftas, feridas etc... Algumas dessas lesões podem ser pequenas o suficiente para passarem despercebidas para a maioria das pessoas, mas não o suficiente para impedir a penetração do vírus.
O HIV é transmitido através de fluidos contaminados. Quanto maior for a concentração do vírus, maior é o risco de transmissão. Por esse motivo, o sangue é o principal meio de contágio, uma vez que é o que apresenta maior contagem do vírus.
Outros fluidos que contém o vírus são as secreções vaginais, o sêmem e o liquido pré-seminal (aquele transparente que sai do pênis antes da ejaculação).
O sexo anal costuma ser o que apresenta maior risco de contaminação. A mucosa do ânus/reto, é mais fina que a vaginal e por não apresentar lubrificação natural, está mais sujeita a pequenas lesões durante o ato sexual. Tudo isso favorece a entrada do vírus através da mucosa.
O risco de transmissão é maior quando a pessoa contaminada não se trata e apresenta uma carga viral elevada no sangue. Porém, mesmo aqueles que fazem o tratamento anti-retroviral de modo correto e apresentam carga viral indetectável, podem transmitir o vírus.
O melhor modo de prevenir o HIV é através de relações sexuais com preservativos. A camisinha é eficiente, sim. Não é verdade que o vírus consegue atravessar o látex dos preservativos.
A presença concomitante de outra DST, como sífilis, herpes, gonorréia aumenta muito o risco de transmissão e contágio pelo HIV.
Além da via sexual, existem outros meios de se contrair o HIV:
- Usuários de drogas injetáveis que compartilham agulhas
- Tatuagem e piercing apresentam risco pequeno, mas podem ser vias de transmissão caso haja uso de material contaminado.
- Transfusão de sangue (atenção: o perigo está em receber e não em doar sangue)
- Transmissão da mãe para o feto durante a gravidez
Os seguintes fluidos corporais NÃO transmitem o HIV (ao não ser que haja sangue misturado)
- Saliva
- Suor
- Lágrima
- Vômitos
- Fezes
- Secreções nasais
Também NÃO se contrai AIDS através de:
- Talheres ou pratos
- Picadas de inseto
- Abraços ou aperto de mão
- Vasos sanitários ou banheiro público
- Piscina pública
- Praia
- Doação de sangue
- Beijo. Existe um risco pequeno no caso de beijo na boca se ambos possuírem lesões sangrantes na mucosa oral. Situação que convenhamos, é pouco provável. Beijos na bochecha ou nos seios não transmite HIV.
- Masturbação ativa ou passiva
- Sexo oral passivo (ativo há risco pelo contato com as secreções vaginais e do pênis)
O HIV sobrevive muito pouco tempo no ambiente, por isso histórias sobre pessoas que colocam sangue contaminado no Ketchup, agulhas em telefones públicos e cadeiras de cinema são apenas mitos que circulam pela internet. Além disso, o vírus quando exposto a sabão ou outros produtos químicos, também morre.
Infecção aguda pelo HIV
Chamamos de infecção aguda pelo HIV o quadro que ocorre entre 2 a 4 semanas após a contaminação com o vírus.
Os sintomas são semelhantes à uma síndrome de mononucleose com febre, dor de garaganta, pequenas manchas de 1 cm e avermelhadas espalhadas pelo corpo, aumento dos linfonodos (inguas) e dor de cabeça
O aparecimento de pequeans úlceras no pênis, ânus ou na cavidade oral são também sintomas característicos.
Nem todo mundo que se contamina com HIV vai desenvolver sintomas da infecção aguda, e em alguns casos, os sintomas são tão discretos que passam despercebidos pelo paciente.
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