sexta-feira, 27 de agosto de 2010

EDEMA AGUDO DE PULMÃO

1 - O que é edema pulmonar




CID 10 - J81

Um edema pulmonar é o inchaço e/ou acúmulo de fluidos nos pulmões ocasionando prejuízo nas trocas gasosas e pode causar insuficiência respiratória. Suas causas podem ser a incapacidade do coração remover fluidos da circulação no pulmão (edema pulmonar cardiogênico), ou lesão do parênquima pulmonar (edema pulmonar não-cardiogênico). O tratamento do edema pulmonar depende das causas, porém objetiva maximizar a função respiratória e eliminar a causa.

Diagnóstico

Em geral suspeita-se de edema pulmonar por achados no histórico médico, como doença cardíaca prévia, e exame físico. Alguns sons detectados pela auscultação são característicos de edema pulmonar. Geralmente são feitos testes de sangue para eletrólitos (sódio, potássio) e contagem sanguínea completa, assim como estudos de coagulação. O diagnóstico do edema pulmonar é confirmado por raio-x de tórax, o qual mostra aumento de fluido nas paredes alveolares. Saturação de oxigênio baixa e distúrbio de gases no sangue arterial podem fortalecer o diagnóstico e prover base para várias formas de tratamento. Eeletrocardiografia de urgência também pode fortalecer o diagnóstico e identificar doença nas válvulas cardíacas.

Causas

O edema agudo do pulmão pode ser decorrente de dano direto ao tecido, ou resultado de funcionamento inadequado do coração ou do sistema circulatório.

Causas do edema pulmonar cardiogênico

As causas do edema pulmonar decorrente de funcionamento inadequado do coração ou do sistema circulatório são:
* Insuficiência cardíaca congestiva.
* Ataque cardíaco severo (iInfarto Agudo do Miocárdio) com insuficiência ventricular esquerda.
* Arritmia severa: taquicardia (batimento rápido do coração) ou bradicardia (batimento lento do coração).
* Crise de hipertensão.
* Efusão pericardial (derrame pericárdico).
* Sobrecarga de fluidos devido a insuficiência renal ou terapia intravenosa.

Causas do edema pulmonar não cardiogênico

As causas do edema pulmonar não cardiogênico são:
* Inalação de gases tóxicos.
* Múltiplas transfusões sanguíneas.
* Infecção grave.
* Contusão pulmonar.
* Traumas múltiplos como os decorrentes de acidente de carro.
* Hemorragia subaracnóidea.
* Aspiração de fluidos gástricos.
* Afogamento.
* Certos tipos de medicações.
* Obstrução das vias nasais superiores.
* Malformação arteriovenosa.
* Reexpansão decorrente de lobectomia ou toracocentese de grande volume.
* Lesão de repercussão decorrente de, por exemplo, transplante de pulmão.
*Grandes altitudes ocasionalmente podem levar ao edema pulmonar de alta altitude.

Tratamento

O tratamento do edema pulmonar foca inicialmente em manter a oxigenação adequada. Isso acontece com fluxo alto de oxigênio, ventilação não invasiva ou ventilação mecânica em casos extremos. Quando o edema pulmonar é decorrente de causas circulatórias, o principal tratamento é com nitratos intravenosos e diuréticos de alça.

Fonte Copacabana runners.net

2 - EDEMA AGUDO DO PULMÃO

Conceito:

Edema pulmonar indica excesso de líquido no alvéolo proveniente do capilar .

Causas:

Aumento de volemia ;

Problemas renais , principalmente na glomérulonefrite

Insuficiência cardíaca congestiva esquerda ;

Alteração da permiabilidade vascular.

A) Pneumonia: as bactérias alteram a permeabilidade do capilar aumentando a passagem de líquidos para o alvéolo.

B) Stress: há liberação de bradicinina e histamina que também alteram a permeabilidade capilar.

Sinais e sintomas

dispnéia;

respiração superficial e ruidosa ;

paciente inquieto e ansioso ;

mão úmida e gelada ;

tosse contínua com produção de saliva mucóide ;

Sinais mais característicos: saída de secreção rosa e espumosa em grande quantidade .

Tratamento:

Restrição hídrica;

Diurético : diminuir a volemia ;

Sedação : diminuir a agitação e o stress;

Digital : aumenta força contrátil e aumenta o débito de ventrículo esquerdo ; Aminofiliva : bronquiodilatadora ;

Oxigenação .

Cuidados de Enfermagem :

1)Aspiração ;

2) Posição de foweler com pernas e pés mais baixos que o resto do corpo;

3) Uso de torniquetes rotativos : garroteamento de 3 membros com rodízio (sentido horário) Em MMII o Garroteamento é feito na coxa; Em MMSS é feito no antebraço ;

O rodízio é feito a cada cinco minutos . Qdo os sintomas forem aliviados , os torniquetes são retirados removendo um de cada vez a intervalos de 15 minutos .

A vantagem do uso do torniquete é que diminui retorno venoso e o fluxo de saída do ventrículo direito, ajudando a descongestionar os pulmões .

4)Observar sinais de intoxicação digitálica (suodorese , náuseas, vômitos);

5) Oxigenação ( administração de O2 a 100% através de máscara facial.);

6) Controle de sinais vitais;

7) Apoio psicológico (Uma característica do edema pulmonar é o medo extremo e a ansiedade que se intensificam tornando a condição mais grave . )

8) Administração dos medicamentos solicitados pelo médico .

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

EMBOLIA PULMONAR (2) CID 10 - I26



Embolia pulmonar ou tromboembolismo pulmonar (TEP) é o bloqueio da artéria pulmonar ou um de seus ramos, geralmente ocorrendo quando um trombo venoso profundo (sangue coagulado de uma veia) se desloca de seu local de formação e viaja, ou emboliza, para o fornecimento sanguíneo arterial de um dos pulmões.


Os sintomas incluem dificuldade de respiração, dor torácica na inspiração e palpitações. Os sinais clínicos incluem baixa saturação de oxigênio sanguíneo (hipóxia), respiração rápida (taquipnéia) e frequência cardíaca aumentada (taquicardia). Casos graves de embolia pulmonar não tratada podem levar a colapso, instabilidade circulatória e morte súbita.


O diagnóstico é baseado nestes achados clínicos em combinação com exames laboratoriais e estudos de imagem. Enquanto o padrão ouro para o diagnóstico é o achado de um coágulo na angiografia pulmonar. A angiografia pulmonar por tomografia computadorizada é a modalidade de estudo de imagem mais utilizada atualmente.


O tratamento é realizado com medicação anticoagulante, incluindo heparina e warfarina. Casos graves podem necessitar de trombólise com drogas como o ativador do plasminogênio tecidual (APt) ou podem necessitar de intervenção cirúrgica através de trombectomia pulmonar.


*A embolia pulmonar é uma condição grave, que pode causar:
* Dano permanente ao pulmão devido à falta de fluxo sangüíneo no tecido pulmonar.
* Baixos níveis de oxigênio no sangue.
* Danos a outros órgãos do corpo por falta de oxigênio.
* Se o coágulo for muito grande, ou se houver vários coágulos, embolia pulmonar pode causar morte.


Patofisiologia


Êmbolo, neste caso, é algo que não tenha fluidez necessária para passar por todos os segmentos da circulação pulmonar. Por exemplo, se um coágulo se forma em uma veia da perna esquerda e se solta do seu local de origem, o fluxo do sangue o transportará. Ele sairá da veia original e subirá progressivamente até atingir a veia cava inferior. Seguirá então por dentro do coração, através do átrio direito e do ventrículo direito. Daí passará ao tronco da artéria pulmonar, as artérias pulmonares direita ou esquerda e a seus ramos progressivamentes menos calibrosos. Quando atingir um ramo mais estreito que seu tamanho, o coágulo ali pára, interrompendo a circulação local. Os êmbolos podem ser coágulos sanguíneos, bolhas de gás ou gordura, entre outras possibilidades. O termo embolia pulmonar é usado quase como sinônimo de embolia por coágulo, já que é a situação mais comum.


Causas da embolia pulmonar


De cada dez casos de embolia pulmonar, nove começam com um coágulo nas veias profundas da perna, uma condição chamada de trombose venosa profunda. O coágulo é liberado da veia e viaja pela corrente sanguínea até os pulmões, onde pode bloquear uma artéria.


Coágulos nas pernas podem se formar quando o fluxo sanguíneo é restringido e diminui. Isso pode acontecer se a pessoa não se mover por muito tempo, em situações como quan:
* Depois de algumas cirurgias.
* Durante longas viagens de carro ou avião.
* Se ficar na cama por um período longo de tempo.


Outras formas de formação de coágulos são veias danificadas por cirurgia ou lesão.


Consequências


Quando uma embolia pulmonar ocorre, subitamente a circulação é interrompida em uma parcela do pulmão. Isto fará com que aumente a resistência a circulação do sangue e diminua a área de funcionamento normal do pulmão. O aumento da resistência sobrecarrega o coração. A diminuição da área de trocas gasosas leva a menor oxigenação do sangue. Conforme a situação prévia da pessoa que sofreu a embolia, isto pode desde não ser percebido até provocar morte súbita. A maior parte das embolias é pequena e não é percebida.


Fatores de Risco


- Imobilidade no leito;
- Repouso prolongado;
- Anestesia;
- Insuficiência cardíaca;
- Trombose venosa prévia;
- Gravidez;
- Imobilização de membros por gessos e ataduras;
- Politraumatismos;
- Fraturas ósseas;
- Inflamação;
- Cirurgias de grande porte;
- Queimaduras;
- Enfarte do miocárdio;
- ICC;
- Idade acima de 40 anos;
- AVE
- Parto e puerpério;
- Estados de hipercogulabilidade.


Sinais e sintomas


Dependem do grau de prejuízo trazido ao funcionamento do organismo. Pode provocar falta de ar (dispneia), em geral súbita, chiado de peito (sibilancia), tosse e cianose. Pode ocorrer taquicardia, dilatação das veias do pescoço, aumento de tamanho de fígado e baço (hepatoesplenomegalia), além de inchaço nas pernas. Aproximadente 15% dos casos de morte súbita são atribuídos a embolismo pulmonar. Como as próprias condições que facilitam a embolia têm sintomas semelhantes, nem sempre se consegue identificar o surgimento desta.
COMPLEMENTANDO:
Os sinais e sintomas da embolia pulmonar incluem perda de fôlego sem explicação, dificuldade de respirar, dor no peito, tosse ou tosse com sangue. Arritmia (batimento cardíaco rápido e irregular) também pode indicar embolia pulmonar.


Em alguns casos, os únicos sinais e sintomas são aqueles relacionados à trombose venosa profunda, os quais incluem: inchaço da perna ou ao longo da veia na perna, dor ou sensibilidade na perna, sensação de calor na área da perna com inchaço ou sensibilidade, e pele vermelha ou descolorada na perna afetada. Também é possível ter embolia pulmonar sem apresentar nenhum sinal ou sintoma. (Neste parágrafo foram usadas informações de duas fontes distintas, sendo uma delas a Wikipédia).


Tratamento


O tratamento busca diminuir as conseqüências, com medidas para melhorar a eficiência circulatória, diminuindo a sobrecarga cardíaca, e melhorar a eficiência pulmonar, com aumento da oxigenação do sangue. Também são feitas medidas para dificultar a formação de novos êmbolos, como com o uso de anticoagulantes ou usos de uma câmara de descompressão após embolia gasosa de mergulhadores.
COMPLEMENTANDO ( com informações de outra fonte que não a Wikipédia.):
Os objetivos principais do tratamento da embolia pulmonar são:
* Impedir que o coágulo sanguíneo cresça.
* Impedir a formação de novos coágulos.
Na maioria dos casos, a terapia de anticoagulação é a base do tratamento. Heparina, heparinas de baixo peso molecular (como a enoxaparina e a dalteparina) ou fondaparinux é administrado inicialmente, enquanto a terapia com warfarina é iniciada (isso pode levar diversos dias, geralmente enquanto o paciente está no hospital). Entretanto pode ser possível tratar pacientes de baixo risco através de acompanhamentos ambulatoriais, sem a necessidade de internação.Um estudo em andamento está avaliando a segurança desta prática. A terapia com warfarina frequentemente requer ajuste de doses a monitoramento da razão normalizada internacional (INR ou RNI). Nos pacientes com embolia pulmonar, a INR ideal é geralmente considerada entre 2,0 e 3,0. Se outro episódio de embolia pulmonar ocorrer durante o tratamento com a warfarina, a janela da INR pode ser aumentada para 2,5-3,5 (a menos que haja contraindicações) ou a anticoagulação pode ser mudada para um anticoagulante diferente, como, por exemplo, para uma heparina de baixo peso molecular. Em pacientes com uma doença maligna subjacente, a terapia com um curso de heparina de baixo peso molecular pode ser mais favorável, baseando-se nos resultados do CLOT trial.De maneira semelhante, mulher grávidas são frequentementes mantidas sob heparina de baixo peso molecular para evitar os efeitos teratogênicos da warfarina, especialmente nos estágios iniciais da gravidez.


As pessoas geralmente são admitidas no hospital nos estágios iniciais do tratamento e tendem a permanecer internadas sob cuidados médicos até que a INR tenha atingido os níveis terapêuticos. De maneira cada vez mais frequente, os casos de baixo riscos são manejados no ambulatório, uma tendência que também vem se observando no tratamento da trombose venosa profunda.


A terapia de warfarina geralmente é continuada por 3-6 meses ou por toda a vida se houve casos prévios de embolia pulmonar ou trombose venosa profunda ou nenhum dos fatores de riscos usuais está presente. Um nível anormal de D-dímero no final do tratamento pode sinalizar a necessidade de um tratamento continuado entre pacientes com um primeiro êmbolo pulmonar não provocado.


Termos relacionados


Embolia gasosa - embolia pulmonar por bolhas de gás que se formam na circulação, como no processo de descompressão súbita na subida a superfície de um mergulhador.


Embolia gordurosa - embolia pulmonar por fragmentos de tecido adiposo que entraram na circulação após um grande trauma, como numa fratura de quadril.


Embolia amniótica - embolia pulmonar que ocorre após o parto, por passagem de parte do líquido amniótico para a circulação da mãe.

Fonte:Wikipédia
Também usada outra fonte de pesquisa, não informada.

EMBOLIA PULMONAR




O que é ?

Embolia pulmonar é o bloqueio de uma ou mais artérias dos pulmões por diversos materiais, em geral coágulos de sangue decorrentes de trombose, chamados êmbolos (figura).

O que causa?

As embolias pulmonares são causadas por coágulos provenientes da circulação venosa ou do lado direito do coração, de tumores que invadiram o sistema circulatório, ou de outras fontes como líquido amniótico, ar, gordura, medula óssea ou substâncias estranhas injetadas ou que ganharam acesso à circulação.

A maioria das embolias pulmonares é causada por coágulos que se originam nas pernas, por trombose venosa profunda. Em alguns casos, a embolia pulmonar é grande e pode resultar em morte súbita.

Quais são os sintomas?

As embolias podem ser maiores ou menores. Quando coágulos grandes migram para os pulmões, artérias maiores são obstruídas e o doente apresenta:

Embolia maior

Desmaio

Ansiedade

Sudorese

Queda de pressão

Sensação de morte iminente

Intensa e súbita falta de ar

Taquicardia (> 100 bpm)

Na embolia menor os coágulos se alojam em artérias menores, mais próximas da pleura, havendo:

Embolia menor

Falta de ar súbita

Dor para respirar

Escarros com sangue

O que aumenta o risco para embolia?

A maioria dos pacientes que tem embolia tem uma ou mais condições que facilitam a formação de coágulos nas pernas. Estas incluem:

Repouso prolongado no leito ou inatividade

Uso de pílulas anticoncepcionais

Cirurgia recente

Parto recente

Câncer

Derrame cerebral

Ataque cardíaco

Fraturas de fêmur ou quadril

Alguns pacientes têm alterações nas proteínas do sangue que favorecem a formação de coágulos.

Os sintomas de embolia pulmonar podem ser observados em outras condições, mas a possibilidade de embolia deve sempre ser considerada na presença de fatores de risco.

Como é feito o diagnóstico?

Após avaliação de cada caso, o médico estima a probabilidade de tratar-se ou não de embolia pulmonar e solicita exames para confirmar ou excluir o diagnóstico. A radiografia simples de tórax muitas vezes é normal, e quando existem alterações, raramente são específicas. A colheita de sangue arterial e análise de oxigênio e do gás carbônico podem mostrar valores baixos, mas resultados normais não excluem o diagnóstico.

O eletrocardiograma pode mostrar achados sugestivos de embolia grave (20%), mas os achados são em geral inespecíficos.

Se a probabilidade é considerada alta, o doente é imediatamente internado e o tratamento pode ser iniciado enquanto se aguarda os resultados dos exames.

Se a probabilidade é baixa pode-se solicitar um exame de sangue com medida do dímero-D. A formação de fibrina, decorrente da formação de coágulos é a base do teste. Na presença de baixa probabilidade clínica de embolia, se o dímero-D é negativo, a hipótese de embolia é descartada. Para os demais casos a realização de uma angiografia com injeção de contraste (angiotomografia) é o teste preferido para o diagnóstico em doentes estáveis. Uma cintilografia pode ser solicitada se a tomografia não é disponível ou se o paciente tem uma contra-indicação à tomografia ou ao uso de contraste. Na cintilografia um material é injetado na veia e as falhas de enchimento em certas áreas do pulmão podem indicar obstrução dos vasos.

Para os casos de embolia extensa com queda de pressão um ecocardiograma à beira do leito pode ser conclusivo; tomografia após estabilização do paciente também pode ser feita.

Como é o tratamento ?

Há necessidade de internação na maioria dos casos, com anticoagulação imediata. A anticoagulação em casos de embolia não grave é feita com heparina, em geral dada por via subcutânea. A heparina não dissolve o coágulo, mas impede que ele aumente, permitindo o ataque de proteínas do sangue com redução e resolução do coágulo. O paciente deve receber simultaneamente um anticoagulante oral denominado varfarina. Depois que uma dose terapêutica da varfarina for estabelecida, a heparina é interrompida e a varfarina mantida. Medicações que dissolvem os coágulos (terapia trombolítica) são indicadas em casos de embolia extensa em pacientes com queda de pressão ou com reserva cardiopulmonar pobre, onde nova embolia pode ser fatal. Os trombolíticos não são usados em todos os casos de embolia pulmonar pelo maior risco de causarem hemorragias.

Por quanto tempo o anti-coagulante oral deve ser usado?

Pacientes com o primeiro evento tromboembólico, ocorrendo na situação de um fator reversível tal como imobilização, cirurgia ou trauma, devem receber Varfarina por 3-6 meses.

O tratamento com varfarina deve ser prolongado ou mesmo por tempo indefinido em pacientes com:

Embolia recorrente.

Fator de risco contínuo (câncer, imobilização, obesidade mórbida)

Presença de alterações na coagulação do sangue que facilitam a formação de trombos

A embolia pode ser evitada?

A formação de trombos nos membros inferiores pode ser prevenida evitando-se repouso prolongado na cama, movimentação ativa das pernas e uso de meias elásticas ou dispositivos de compressão para facilitar o fluxo de sangue e deambulação precoce após cirurgias. Heparina subcutânea deve ser usada por pacientes que irão permanecer acamados por maior tempo ou que serão submetidos a cirurgias de maior risco, tais como cirurgias ortopédicas nos membros inferiores ou cirurgia de retirada de tumores.

Como prevenir embolia em viagens prolongadas?

Permanecer sentado durante longas viagens aéreas ou de automóvel ou ônibus aumenta o risco de formação de coágulos:

Dê uma caminhada. Ande pela cabine do avião uma vez por hora ou faça uma parada e ande e faça flexões das pernas.

Exercício quando sentado – flexione e rode os tornozelos ou pressione os pés contra o assento da frente, ou tente levantar e abaixar seus tornozelos. Nunca sente com as pernas cruzadas por muito tempo.

Use meias elásticas –estas promovem uma melhor circulação do sangue. Meias elásticas são hoje disponíveis em diversas cores e texturas.

Tome bastante líquido antes e durante a viagem. A desidratação favorece a formação de coágulos. Evite álcool, que contribui para a perda de líquidos.

Fale com seu médico – se você tem alto risco para formação de coágulos, o seu médico pode recomendar que você use uma injeção preventiva de heparina subcutânea antes de partir.

Após a alta o que se deve fazer?

Depois da alta você deve ser monitorizado de perto por seu médico. O uso do anticoagulante oral deve ser feito de modo regular. O uso de um teste sanguíneo chamado RNI é feito com freqüência, para manter o nível de anticoagulação na faixa apropriada. Se o medicamento funciona de menos (RNI < 2,0) você poderá ter nova embolia; se funcionar demais (RNI > 3,0) você poderá ter hemorragia. No início do tratamento seu RNI deverá ser medido a cada poucos dias ou semanalmente. Depois de estabilizado o RNI, medidas menos freqüentes serão necessárias (a cada 30-60 dias).

Por que o RNI varia?

O efeito do anticoagulante oral varia com cada indivíduo, dependendo de fatores genéticos, dieta, uso de outras medicações e condições associadas.

Muitos remédios aumentam (ex: aspirina e antiinflamatórios) e outros reduzem o efeito do anticoagulante oral. Não use nenhum medicamento sem consultar seu médico. Isto inclui uso de medicamentos “naturais”. A varfarina produz efeito anti-coagulante ao reduzir a fabricação de fatores de coagulação pelo fígado que dependem da vitamina K para sua formação. Se você ingerir certos alimentos ricos em vitamina K, o efeito do anti-coagulante diminui. Entretanto, você não deve evitar a ingestão de qualquer alimento com vitamina K, mantenha sua dieta constante. Porem, se você não faz uso regular, evite uso de brócolis, alface, agrião, escarola, mostarda, espinafre, salsicha e cebolinha e óleos de soja e de canola que são ricos em vitamina K. Prefira óleo de milho ou girassol. Evite excesso de álcool. Fique atento a sinais de hemorragia. Informe qualquer pessoa que lhe esteja prestando cuidados médicos ou dentários de que você está tomando anti-coagulante oral. Evite qualquer atividade ou esporte que possa causar trauma. Caso você tenha um corte que não pare de sangrar procure um médico.

Diarréia, piora da insuficiência cardíaca, febre e diminuição do funcionamento do fígado por diversas doenças aumentam o risco de hemorragia em usuários de anticoagulante oral.

Se o INR estiver entre 4 e 9, sem sinais de sangramento, pare o anti-coagulante oral, e ligue para o seu médico. Se o INR for > 10, ou se você está com alguma forma de hemorragia, além de parar o anticoagulante oral, você deverá receber vitamina K, por via oral ou intravenosa, dependendo do caso. Vá à emergência.

Fonte: dr. pereira.com.br
Aproveitando a postagem sobre neoplasias torácicas, nesses próximos dias vou incluir mais artigos sobre outros tipos de patologias que podem acometer os pulmões, começando hoje com embolia pulmonar.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

PROGRAMA ESTADUAL DE CONTROLE DO TABAGISMO E OUTROS FATORES DE RISCOS DO CANCÊR

Passo a Passo para Implantar os “Ambientes Livres do Fumo”

1.Solicitação do cadastro da instituição.

2.Formação da Comissão Executiva.

Sensibilização da Direção.

3.Treinamento da Comissão Executiva.
(Atribuições da Comissão Executiva. Roteiro de apoio à Comissão para reuniões internas da unidade)

4.Realização da Pesquisa para diagnóstico situacional da instituição

Levantamento do cadastro de todos os funcionários

Aplicação do questionário

5.Obtenção de Indicadores, através do resultado do questionário.

Contagem de guimbas

Contagem de pessoas fumando

Funcionários inscritos para receber apoio para deixar de fumar

6.Divulgação da Pesquisa.

7.Criação de Portaria Interna. Paralelamente à intervenção educativa para divulgação no dia "D" – LIVRE DOFUMO

8.Intervenção Educativa

1ª fase: (4 semanas antes do dia "D") - Afixar cartaz "Pare e Pense".

2a fase: (2 semanas antes do dia "D") - A fixar cartaz "Fumar não combina com saúde" - substituindo o cartaz anterior e distribuir Folheto 1.

3ª fase: O Dia 'D’ - Afixar o cartaz "Pode respirar à vontade" e distribuir o Folheto 2.

Sinalização da instituição como livre do fumo;

Remoção de cinzeiros;

Retirada de qualquer material promocional de cigarros;

Dia "D" - Inauguração do Fumódromo e divulgação da Portaria.

Parabéns!!! Ambiente de Trabalho Livre do Fumo.
Após implantação, a instituição deverá Implementar o programa: promovendo debates sobre o tema; distribuindo material
educativo; inserindo o tema em eventos científicos ou culturais internos e participar das comemorações nas datas alusivas:

31 de maio: Dia Mundial Sem Tabaco

29 de agosto: Dia Nacional de Combate ao Fumo

27 de novembro: Dia Nacional de Combate ao Câncer

9.Supervisão e Monitoramento do Processo.

10.Realizar pesquisa de avaliação

Aplicar o questionário aos mesmos funcionários da avaliação inicial (1 ano após a implantação do programa). -

Realizar nova contagem de guimbas 1 mês, 3 meses, 6 meses e 1 ano após a intervenção

LEI ESTADUAL ANTIFUMO



Lei Estadual 9220/09

Vitória - Quinta-feira
18 de Junho de 2009
Poder Executivo
DIÁRIO OFICIAL ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
Lei Estadual 9220/09


Estabelece normas suplementares à Legislação Federal no tocante ao uso e consumo de produtos fumígenos no âmbito do Estado do Espírito Santo.

O GOVERNADOR DO ESPÍRITO SANTO Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Esta Lei estabelece, no exercício da competência prevista no artigo 24, §2º da Constituição Federal, normas suplementares à Lei Federal nº 9.294, de 15.7.1996, no tocante ao uso e consumo de produtos fumígenos no âmbito do Estado do Espírito Santo.

Art. 2º Fica proibido no território do Estado do Espírito Santo, em recintos de uso coletivo, públicos ou privados, o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, exceto em áreas destinadas exclusivamente a esse fim, devidamente isoladas e com arejamento conveniente.

§ 1º Para os fins desta Lei, a expressão “recintos de uso coletivo” compreende, dentre outros, os locais de trabalho, de estudo, de cultura, de culto religioso, de lazer, de esporte ou de entretenimento, áreas comuns de condomínios, casas de espetáculos, teatros, cinemas, bares, lanchonetes, boates, restaurantes, praças de alimentação, hotéis, pousadas, centros comerciais, bancos e similares, supermercados, açougues, padarias, farmácias e drogarias, repartições públicas, instituições de saúde, escolas, museus, bibliotecas, espaços de exposições, veículos públicos ou privados de transporte coletivo, viaturas oficiais de qualquer espécie e táxis.

§ 2º Nos locais acima indicados, deverão ser afixados avisos sobre a proibição do tabagismo, em locais de ampla visibilidade e de fácil identificação pelo público.

Art. 3º O responsável pelos recintos de que trata esta Lei deverá advertir os eventuais infratores sobre a observância da presente Lei, bem como sobre a obrigatoriedade, caso persista na conduta coibida, de imediata retirada do local, se necessário mediante o auxílio de força policial.

Art. 4º Tratando-se de fornecimento de produtos e serviços, o empresário deverá cuidar, proteger e vigiar para que no local de funcionamento de sua empresa não seja praticada infração ao disposto nesta Lei.

§ 1º O empresário que permitir a infração em seu estabelecimento, sem adotar as medidas estabelecidas no artigo 3º, ficará sujeito às seguintes sanções:

I - advertência;

II - multa de 1.000 (mil) a 50.000 cinquenta mil) Valores de Referência do Tesouro Estadual – VRTEs aplicada conforme a capacidade econômica do estabelecimento, de acordo com critérios a serem estabelecidos em Decreto do Poder Executivo.

§ 2º As sanções previstas neste artigo poderão ser aplicadas gradativamente e, na reincidência, cumulativamente.

§ 3º O prazo para pagamento da multa prevista no inciso II do § 1º será fixado em Decreto do Poder Executivo, sendo assegurado ao infrator o contraditório e a ampla defesa perante o órgão estadual competente.

Art. 5º Qualquer pessoa poderá relatar ao órgão de vigilância sanitária ou de defesa do consumidor da respectiva área de atuação fato que tenha presenciado em desacordo com o disposto nesta Lei.

§ 1º O relato de que trata o “caput” conterá:

I - a exposição do fato e suas circunstâncias;

II - a declaração, sob as penas da lei, de que o relato 2 DIÁRIO OFICIAL DOS PODERES DO ESTADO Vitória (ES), Quinta-feira, 18 de Junho de 2009 EXECUTIVO DECRETOS corresponde à verdade;

III - a identificação do autor, com nome, prenome, número da cédula de identidade, seu endereço e assinatura.

§ 2º A critério do interessado, o relato poderá ser apresentado por meio eletrônico, no sítio de rede mundial de computadores - “internet” dos órgãos referidos no “caput” deste artigo, devendo ser ratificado para
atendimento de todos os requisitos previstos nesta Lei.

Art. 6º Esta Lei não se aplica:

I - aos locais de culto religioso em que o uso de produto fumígeno faça parte do ritual;

II - às instituições de tratamento da saúde que tenham pacientes autorizados a fumar pelo médico que os assista;

III - às vias públicas e aos espaços ao ar livre;

IV - às residências;

V - aos estabelecimentos específicos e exclusivamente destinados ao consumo, no próprio local, de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, desde que essa condição esteja anunciada, de forma clara, na respectiva entrada.

Parágrafo único. Nos locais indicados nos incisos I, II e V deste artigo deverão ser adotadas condições de isolamento, ventilação ou exaustão do ar que impeçam a contaminação de ambientes protegidos por esta Lei.

Art. 7º As penalidades decorrentes de infrações às disposições desta Lei serão impostas, nos respectivos âmbitos de atribuições, pelos órgãos estaduais de vigilância sanitária ou de defesa do consumidor.

Art. 8º Esta Lei entra em vigor após decorridos 90 (noventa) dias de sua publicação oficial.

Palácio Anchieta em Vitória, 17 de Junho de 2009.
PAULO CESAR HARTUNG GOMES
GOVERNADOR DO ESTADO

NEOPLASIAS TORÁCICAS

Câncer de pulmão é o tumor sólido maligno mais letal. Tem no tabagismo seu principal fator de risco. A comete geralmente pacientes com mais de 60 anos. O câncer de pulmão não apresenta sintomas ou tem sintomas inespecíficos como tosse seca, dispnéia, dor torácica, escarro com sangue. Atualmente recomenda-se, em caráter individual, rastreamento para os pacientes de risco. O diagnóstico é feito com dados clínicos e de imagem e confirmado com biopsia ou citologia de material coletado através de  punção ou lavado brônquico ou broncoalveolar. O estadiamento do carcinoma brônquico permite ao cirurgião torácico tomar decisão quanto a forma de tratamento para um determinado paciente. As modalidades de tratamento são a cirurgia com ressecção completa da lesão e remoção dos linfonodos mediastinais pertinentes, quimioterapia ou radioterapia utilizadas isoladamente ou em combinação. Terapia alvo como inibidores dos fatores de crescimento e medicamentos anti-angiogênicos também são utilizados em casos específicos individualizados. A detecção precoce e o tratamento imediato oferecem as melhores chances de cura para essa neoplasia.


Derrame pleural neoplásico é causado por metástases pleurais onde há a presença de células neoplásicas no líquido pleural. Causa sintomas como cansaço, dor e tosse seca. O pulmão subjacente encontra-se atelectasiado. A pós a confirmação diagnóstica com citologia e /ou biopsia pleural faz-se a drenagem da cavidade com objetivo de obter expansão do pulmão. A paliação do derrame pleural neoplásico é feita com pleurodese através da colocação de tetraciclina ou talco estéril na cavidade pleural. A pleurodese permite a aderência das pleuras visceral e parietal com finalidade de manter o pulmão expandido.

Metástases pulmonares ocorrem devido à disseminação de células tumorais através da corrente sanguínea a partir de tumores primários de outros órgãos ou do próprio pulmão. Devido ao fato do pulmão receber grande fluxo sanguíneo e possuir vasta rede de capilares é com freqüência sítio de metástases. O tratamento das metástases pulmonares se faz com ressecção cirúrgica em casos selecionados.

               
Fonte: Internet

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Postei esta série de artigos abordando um pouco do tema câncer, devido a situações recentes, vividas por pessoas do meu círculo de amizades, que acabaram passando por um stres desnecessário graças a falta de informação sobre alguns  exames laboratoriais e seu significado. Espero ter contribuido um pouquinho para esclarecer parte das dúvidas sobre o assunto. Pelo menos no que me diz respeito, deu pra aprender  alguma coisa enquanto pesquisava.
                               Jacira

CÂNCER DE OVÁRIO

                        



O câncer de ovário é o câncer ginecológico mais difícil de ser diagnosticado. Cerca de 3/4 dos tumores malignos de ovário apresentam-se em estágio avançado no momento do diagnóstico inicial. É o câncer ginecológico de maior letalidade, embora seja menos freqüente que o câncer de colo do útero.


Fatores de Risco


Fatores hormonais, ambientais e genéticos estão relacionados com o aparecimento do câncer de ovário. Cerca de 90% dos cânceres de ovário são esporádicos, isto é, não apresentam fator de risco reconhecido. Cerca de 10% dos cânceres de ovário apresentam um componente genético ou familiar. História familiar é o fator de risco isolado mais importante.

A presença de cistos no ovário, bastante comum entre as mulheres, não deve ser motivo para pânico. O perigo só existe quando eles são maiores que 10cm e possuem áreas sólidas e líquidas. Nesse caso, quando detectado o cisto, a cirurgia é o tratamento indicado.

Prevenção
As mulheres devem estar atentas aos fatores de risco e consultar regularmente o seu médico, principalmente as mulheres acima de 50 anos. O chamado exame preventivo ginecológico (Papanicolaou) não detecta o câncer de ovário, já que é específico para detectar o câncer do colo do útero.

Marcadores Tumorais

Marcadores tumorais são substâncias detectadas no exame de sangue e que aumentariam na presença de tumores malignos. No caso do ovário estas seriam o CA 125, a Alfa-feto-proteina e o beta-HCG. Estes marcadores tem baixa especificidade com grande número de falsos positivos. Os marcadores são muito úteis no seguimento da paciente com câncer de ovário, porém pouco confiáveis para o diagnóstico inicial. O CA 125, por exemplo, pode estar elevado em doenças benignas como o mioma uterino ou a endometriose.

Tratamento
Diversas modalidades terapêuticas podem ser oferecidas (cirurgia, radioterapia e quimioterapia). A escolha  vai depender principalmente do tipo histológico do tumor, do estagiamento clínico e/ou cirúrgico do tumor, da idade e das condições clínicas do paciente e se o tumor é inicial ou recorrente. Se a doença for detectada no início - especialmente nas mulheres mais jovens - é possível remover somente o ovário afetado.