sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

SUS oferece duas novas vacinas para seis milhões de crianças

Duas novas vacinas serão incluídas no calendário básico de vacinação disponível na rede pública de saúde: a pneumocócica 10-valente e a anti-meningococo C. A primeira será oferecida a partir de março em todo o território nacional e protege contra a bactéria pneumococo, causadora de meningites e pneumonias pneumocócicas, sinusite, inflamação no ouvido e bacteremia (presença de bactérias no sangue), entre outras doenças. A segunda será aplicada a partir de agosto e imuniza contra a doença meningocócica.

Nos primeiros 12 meses após a implementação, as novas vacinas serão aplicadas em crianças menores de dois anos de idade. A partir de 2011, elas farão parte do calendário básico de vacinação da criança específico para os menores de um ano. Depois de cinco anos do início dos novos programas de vacinação, em 2015, a previsão é sejam evitadas cerca de 45 mil internações por pneumonia por ano em todo o Brasil. Com isso, a média dessas internações por ano cairá de 54.427 para 9.185, uma redução de 83%.

CALENDÁRIO BÁSICO – Com a introdução das vacinas, o Calendário Básico de Vacinação do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério passará a ter 13 tipos de vacinas para proteger contra 19 doenças (veja quadro abaixo). Além disso, a oferta total do PNI, considerando as imunizações especiais, passa a ser de 28 tipos de vacinas (nacionais e importadas). O número é 30% maior que em 2002, quando eram oferecidos 18 tipos. O crescimento deve-se principalmente ao investimento do país para desenvolver novas vacinas e ao aumento da capacidade de produção nos últimos anos.

Novo Calendário Básico de Vacinação depois da inclusão da pneumocócica 10-valente e anti-meningococo C

1. BCG (contra tuberculose)

2. Vacina contra hepatite B

3. DTP (contra difteria, tétano e coqueluche)

4. DTP+Hib (contra difteria, tétano e coqueluche e infecções por Haemophilus influenzae tipo B )

5. DT (dupla adulto – contra difteria e tétano)

6. Vacina Hib (infecções por Haemophilus influenzae tipo B)

7. Vacina contra poliomielite

8. Vacina contra rotavírus

9. Vacina contra febre amarela

10. Tríplice viral (contra caxumba, rubéola e sarampo)

11. Vacina contra Influenza (gripe)

12. Vacina Pneumocócica (contra meningites bacterianas, pneumonias, sinusite, inflamação no ouvido e bacteremia)

13. Vacina anti-meningocócica (contra doença meningocócica)


Esquema das novas vacinas:

Pneumocócica 10-valente
Crianças menores de 1 ano.

Esquema Vacinal: Serão ministradas 3 doses + 1 reforço no primeiro ano de vida da criança. Para o ano da implantação, haverá um esquema especial, no qual crianças de 12 meses a 24 meses de idade não vacinadas anteriormente receberão a imunização.

Meningocócica C
Crianças menores de 1 ano.

Esquema Vacinal: Serão ministradas 2 doses + 1 reforço no primeiro ano de vida da criança. Para o ano da implantação, haverá um esquema especial, no qual crianças de 12 meses a 24 meses de idade não vacinadas anteriormente receberão a imunização.

Fonte: Portal da Saúde - MS

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

QUAL A DIFERENÇA ENTRE ANTIBIÓTICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS ?

São classes de drogas distintas, mas que causam uma tremenda confusão nos pacientes. Não são poucas as pessoas que confundem um com outro.

Antibióticos
São drogas usadas para combater infecções causadas por microrganismos, em geral bactérias, que invadem nosso corpo.
O termo bio vem do grego bíos, que significa vida, ser vivo. Por isso, biografia, biologia, biosfera, micróbio etc..
Os antibióticos estão indicados em diversas patologias, todas elas tem em comum o fato de serem causadas por microrganismos. Podemos citar a pneumonia, infecção urinária, amigdalite, meningite e tuberculose, só para ficar nos mais comuns.
Os antibióticos não agem sobre os vírus. Contra esses existem os antivirais. Por isso que doenças como gripe, HIV, herpes e dengue não são tratadas com antibióticos.
Os antibióticos mais comuns e mais antigos são do grupo da penicilina, descoberta em 1928, mas só usada com sucesso em humanos em 1942. Hoje existem várias classes de antibióticos, com características diferentes que as tornam mais ou menos eficientes, dependendo da bactéria que está causando a infecção.

Não existe um antibiótico que cubra todas as bactérias. Por isso, existem várias classes desta droga. De acordo com a bactéria responsável pela infecção, nós médicos escolhemos um tipo de antibiótico mais indicado.

O uso indiscriminado de antibióticos pode levar ao surgimento de bactérias resistentes, logo, não se automedique, pois poderá em vez de tratar a infecção, criar uma difícil de ser erradicada.


Antiinflamatórios
A inflamação é uma resposta do nosso corpo a uma agressão sofrida. Ela faz parte do nosso sistema imune. Toda vez que alguma área do nosso organismo sofre uma agressão, existe um recrutamento das células de defesa para o local. São as reações químicas deste processo que levam a inflamação, caracterizada na clínica pelos seguintes sinais e sintomas: calor, rubor, dor e inchaço.

Para entender melhor o processo inflamatório, leia: O que é o pus ? O que é um abscesso? O que é uma infecção?

O exemplo mais fácil de se dar são os traumas. Quem nunca bateu com força com alguma área do corpo e ficou como mesmo, vermelho, inchado e dolorido?
As inflamações podem ter várias origens, entre elas trauma, processos alérgicos, queimaduras, contato com substâncias tóxicas e microrganismos.
O termo infecção é dado a toda inflamação causada por um microrganismo. Por isso, não é incomum associarmos antiinflamatórios com antibióticos. O primeiro trata os sintomas e o segundo o agente causador.

Portanto, antiinflamatórios são substâncias usadas para diminuir os efeitos indesejáveis desta reação de defesa do organismo.
Estes medicamentos têm como característica além de diminuir os sinais de inflamação, o alívio da dor e da febre. As substâncias mais comum desse grupo são: Diclofenac, ibuprofeno, meloxicam, piroxicam e cetoprofeno.
Resumidamente, infecções são tratadas com antibióticos e processos inflamatórios ( sem infecção) com os antiinflamatórios.
Não há nenhum problema em se associar um antiinflamatório a um antibióticos. Pelo contrário, o primeiro alivia os sintomas da inflamação enquanto o segundo ainda não fez efeito.

Fonte: Blog MDsaude
Postado por: Jacira Montebeller