segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

ANEMIAS



O que é anemia ?
Anemia é a redução no número de células sanguíneas vermelhas e/ou na taxa de hemoglobina. Isso ocasiona a redução da habilidade do sangue transferir oxigênio para os tecidos. A hemoglobina  (proteína que carrega oxigênio nas células vermelhas do sangue) tem que estar presente para garantir a oxigenação adequada de todos os tecidos do organismo.


Sinais e sintomas
A anemia pode permanecer não detectada em muitas pessoas e os sintomas podem ser vagos. O mais comum é a sensação de fraqueza ou fadiga. Falta de ar é relatada em casos mais severos. Muitos casos de anemia severa incitam uma resposta compensatória na qual o trabalho cardíaco é bem aumentado levando a palpitações e transpiração; esse processo pode ocasionar falha cardíaca em idosos. Palidez somente é notável em casos de anemia severa, e desta forma não é um sintoma confiável.

Diagnóstico
A única forma de diagnosticar anemia é através de exame de sangue. Geralmente é feita uma contagem completa dos elementos do sangue. Além de mostrar a quantidade de células sanguíneas vermelhas e nível de hemoglobina, a contagem automática também mede o tamanho das células vermelhas, o que é importante para distinguir entre as causas.

Uma vez que anemia pode ter várias causas, podem ser pesquisadas condições clínicas como insuficiência renal, deficiências vitamínicas e hemorragias internas , por exemplo. Pode ser solicitado, entre outros, Pesquisa de Sangue Oculto nas fezes, que em caso positivo levará a solicitação de outros exames como a endoscopia. 
Em casos específicos solicita-se testes da medula óssea, que mostram se ela está saudável e fabricando células sanguíneas suficientes, ou não.

Ocasionalmente, outros exames serão solicitados para definir a origem e o tipo da anemia. Dosagem dos níveis de glicose, ferritina, função renal e eletrólitos, pode ser necessário para definir outras causas dos sintomas.

A anemia é classificada pelo tamanho das células vermelhas do sangue; isso é verificado automaticamente ou em exame microscópico do esfregaço sanguíneo. O tamanho é refletido no volume corpuscular médio. Se as células forem menores que o normal, é dito que a anemia é micrócita; se elas têm tamanho normal, normcítica; se são maiores que o tamanho normal, macrocítica. Outras características visíveis pelo exame do esfregaço sanguíneo podem dar pistas valiosas para um diagnóstico mais específico; por exemplo, células brancas anormais podem apontar para a causa na medula óssea.

Anemia microcítica
O tipo mais comum de anemia é a decorrente de deficiência de ferro, a qual geralmente é microcítica. Causas bem mais raras, são talassemia e hemossiderose (raras porém prevalentes em determinadas regiões do planeta).

Anemia por deficiência de ferro ocorre quando o consumo na dieta ou absorção de ferro é insuficiente. O ferro é uma parte essencial da hemoglobina, e baixos níveis desse mineral resultam em incorporação diminuída de hemoglobina nas células vermelhas. Nos Estados Unidos, 20% da mulheres na pré-menopausa têm anemia por deficiência de ferro, comparadas a somente 2% dos homens. A principal causa de anemia por deficiência de ferro em mulheres nessa fase da vida é a perda de sangue durante a menstruação. Estudos têm mostrado que a deficiência de ferro pode causar queda no rendimento escolar e diminuição do QI em garotas adolescentes. Em pessoas idosas, anemia por deficiência de ferro muitas vezes ocorre por lesões com sangramento no trato intestinal. Exame de fezes e endoscopia geralmente são feitos para identificar lesões com sangramentos, as quais podem ser malignas.

Anemia Normocítica
Anemia normocítica pode ser causada por perda de sangue aguda, doença crônica ou falha em produzir quantidade suficiente de células vermelhas. Problemas renais crônico ou hepáticos causam anemia normocítica. No caso de problema renal isso deve-se à diminuição da produção do hormônio eritropoietina.

Certas deficiências hormonais, como deficiência de testosterona, podem causar anemia normocítica. Anemia sideroblastica é causada pela produção anormal de células vermelhas sanguíneas como parte da Síndrome Mielodisplásica, a qual pode se desenvolver em tumores malignos hematológicos (especialmente leucemia mielógena aguda).


Anemia aplástica é causada pela inabilidade da medula óssea em produzir células sanguíneas. É muito mais rara do que as anemias causadas por deficiências na dieta ou defeitos genéticos, e progride rapidamente.

Anemia macrocítica
A causa mais comum de anemia macrocítica é a deficiência de vitamina B12 e/ou ácido fólico, devida à ingestão inadequada ou absorção insuficiente.
Deficiência de vitamina B12 produz sintomas neurológicos, o mesmo não ocorrendo na deficiência de ácido fólico.
Anemia perniciosa é uma condição auto-imune onde falta ao organismo fator intrínseco necessário para absorver a vitamina B12 dos alimentos.
Alcoolismo pode causar anemia macrocítica.


Como é o tratamento da anemia ferropriva
Depende da sua causa e severidade. As opções de tratamento podem incluir mudanças na dieta e suplementos alimentares, medicamentos, e cirurgia. Anemia ferropriva severa pode requerer tratamento hospitalar, transfusões de sangue,  ou terapia intravenosa medicamentos à base de ferro. Os objetivos são tratar as causas por trás da anemia ferropriva, e restaurar os níveis normais de células vermelhas, hemoglobina e ferro.

O paciente com anemia ferropriva pode necessitar de suplementos de ferro para elevar os níveis desse mineral o mais rápido possível. Altas quantidades de ferro podem ser danosas. Desta forma, deve-se usar esses medicamentos  somente com prescrição médica. Efeitos colaterais, como fezes escuras, irritação estomacal, azia e constipação são comuns no uso desses suplementos.

É aconselhável uma dieta rica em alimentos com alto teor de ferro. A melhor fonte é a carne vermelha, especialmente fígado bovino. Frango, peru, porco, peixe e frutos do mar também são boas fontes de ferro.

Outros alimentos ricos em ferro são:

* Vegetais verde escuros.

* Amendoim e amêndoas.

* Lentilhas e feijões.

Vitamina C (ácido ascórbico) no tratamento de anemia ferropriva

A vitamina C ajuda o organismo a absorver ferro. Boas fontes de vitaminas C são frutas, verduras e legumes, especialmente pimentão, kiwi, laranja, limão, acerola e uva, morango, melão, abacaxi e manga, tomate, couve-de-bruxelas, brócolis, batata doce, couve-flor e couve.

Se a deficiência de ferro for severa, o paciente pode receber transfusão de células vermelhas do sangue. A transfusão tratará a anemia imediatamente. Porém, ela é somente uma solução de curto prazo. É preciso encontrar e tratar a causa.


Exame físico para diagnóstico da anemia
O diagnóstico da anemia é baseado no histórico do paciente e de sua família, exame físico e resultados de exames laboratoriais. Uma vez que a anemia nem sempre apresenta sintomas, o médico pode descobri-la ao checar outra condição  de saúde.
 Durante o exame físico verifica-se:

* a pele, se está pálida ou amarelada

 * Ausculta cardíaca para verificar batimentos rápidos ou irregulares.

* Ausculta dos pulmões para respiração rápida ou irregular.

* Palpação abdominal para verificar o tamanho do fígado e baço.

*Exame pélvico ou retal para verificar origens comuns de perda de sangue.

*Sinais de dano neural.

* Verificação do estado mental, coordenação e capacidade de caminhar do paciente.

Diagnóstico da anemia perniciosa
O diagnóstico da anemia perniciosa baseia-se em histórico pessoal e familiar, exame físico, e resultados de exames laboratoriais, como hemograma, visando detectar se a anemia perniciosa (decorrente de deficiência de vitamina B12) é ocasionada pela falta de fator intrínseco (necessário para absorção de vitamina B12) ou por outra causa.

Histórico pessoal e familiar no diagnóstico da anemia perniciosa
* Se passou por procedimento cirúrgico do aparelho digestivo.

* Se tem qualquer transtorno digestivo, como doença celíaca ou doença de Crohn.

* Sobre a dieta e medicamentos que usa.

* Se tem histórico familiar de anemia.

* Se tem histórico familiar de desordens auto-imunes.


§  Hemograma
Freqüentemente o primeiro exame usado para diagnosticar muitos tipos de anemia é o hemograma completo. Este, quantifica diferentes componentes do sangue, como os níveis de hemoglobina e hematócrito. Hemoglobina é uma proteína rica em ferro nas células vermelhas que carregam oxigênio ao organismo. Hematócrito é uma medida do espaço que as células vermelhas ocupam no sangue. Baixo nível de hemoglobina ou hematócrito verificado no hemograma é sinal de anemia.

O hemograma completo também verifica a quantidade de hemácias, leucócitos e plaquetas no sangue. Resultados anormais podem ser sinal de anemia,  infecção ou outra condição. Finalmente, o hemograma checa o volume corpuscular médio, ou seja, a medida do tamanho médio das células vermelhas, que dará pistas sobre as causas da anemia.
§  Outros exames
Contagem de Reticulócitos -  mede a quantidade de células vermelhas jovens no sangue. Esse exame mostra se a medula óssea está fabricando células vermelhas na taxa correta. Portadores de anemia perniciosa têm contagem baixa de reticulócitos.
 Dosagens de folato e ferro também podem ajudar a diagnosticar o tipo de anemia.

Podem ser necessários exames para verificar:
* Os níveis de vitamina B12 no sangue.
* Os níveis de homocisteína e ácido metilmalônico. Altos níveis dessas substâncias no corpo são sinais de anemia perniciosa.
* Anticorpos para fator intrínseco e anticorpos das células parietais.

§  Exames de medula óssea
Exames de medula óssea mostram se ela está saudável e fabricando células vermelhas suficientes. Os dois exames são aspiração e biópsia. Na anemia perniciosa as células da medula óssea que se transformam em células vermelhas são maiores do que o normal.

O que é ferritina
É uma proteína que armazena ferro e o libera de forma controlada. A ferritina é produzida por quase todos os seres vivos, incluindo bactérias, plantas e animais.
Em humanos a ferritina funciona como um amortecedor contra deficiência de ferro e sobrecarga desse mineral.

§  Uso diagnóstico da ferritina
Os níveis séricos de ferritina são medidos em pacientes como parte dos testes para anemia e síndrome das pernas inquietas. A medida dos níveis de ferritina tem correlação direta com a quantidade total de ferro armazenada no corpo incluindo casos de anemia ou doença crônica.

§  Ferritina baixa
Leva à deficiência de ferro, que pode levar à anemia. Níveis baixos de ferritina (<50 ng/mL) tem sido associados a sintomas de síndrome das pernas inquietas, mesmo na ausência de anemia ou doença. Ferritina baixa também pode indicar hipotireoidismo ou deficiência de vitamina C.

§  Ferritina alta
Indica desordens de sobrecarga de ferro, como hemocromatose, hemossiderose e porfiria.
A ferritina também é freqüentemente alta durante o curso de doenças e durante períodos de má-nutrição aguda.


 Fonte:www.copacabanarunners.com.br

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