sexta-feira, 1 de abril de 2011

INSUFICIENCIA RENAL



O QUE É
A insuficiência renal aguda (IRA) é a diminuição súbita e progressiva da função renal (capacidade dos rins de eliminar as substâncias tóxicas presentes no sangue), acarretando um acúmulo de produtos da degradação metabólica no sangue. Dependendo da gravidade do dano renal, pode evoluir para a reversão do quadro ou para IRC.
Insuficiência renal crônica (IRC) é um quadro de progressão lenta e irreversível.

O QUE CAUSA
A insuficiência renal aguda pode ocorrer em decorrência de qualquer condição que diminua o suprimento sangüíneo aos rins ou destruição dos glomérulos (GNDA – Glomerulonefrite Difusa Aguda, síndrome nefrótica).
 Substâncias nefrotóxicas (medicamentos/drogas, venenos, cristais precipitados na urina, bactérias, toxinas, e anticorpos que reagem contra os rins).
Obstrução (hidronefrose ou tumores do trato urinário); septicemia; desidratação; sangue incompatível; choque hipovolêmico (redução do volume sanguíneo) e traumatismos.
Granulomatose de Wegener; poliarterite, lúpus eritematoso sistêmico.
Insuficiência cardíaca, insuficiência hepática.


QUAIS OS SINTOMAS
Os sintomas dependem da gravidade da insuficiência renal, de sua velocidade de progressão e de sua causa básica. Quanto mais néfrons destruídos, maior é o número de sintomas.
Oligúria (diminuição do volume urinário), hematúria (presença de sangue na urina),
edema, anorexia, náuseas, vômitos, cefaléia, irritabilidade, hipertensão, sonolência, anemia e odor de amônia na respiração.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO
Exame físico - determina se ocorreu hiperplasia renal ou vesical (aumento no tamanho dos rins ou da bexiga); sinais de estenose etc.
Exames laboratoriais – dosagens de uréia, creatinina, sódio, potássio, bicarbonato, ácido úrico, cálcio e fósforo no sangue.
EAS (pesquisa de elementos anormais e sedimento urinário), sódio, creatinina e osmolaridade na urina.
Dosagens de no sangue.
Quando a causa da insuficiência é um problema intra-renal, a urina pode conter sangue ou aglomerados de eritrócitos ou de leucócitos. Além disso, a urina pode conter grande quantidade de proteínas.
Os exames de sangue geralmente revelam valores elevados de uréia e creatinina.
 Elevação das taxas de potássio (hipercalemia)
Redução das taxas de sódio (hiponatremia).
Diagnóstico por imagem - ultra-sonografia e a tomografia computadorizada dos rins; angiografias; ressonância magnética (RM) pode ser realizada quando o uso de contraste apresentar riscos para o paciente.
Biópsia renal.

QUAL O TRATAMENTO
O tratamento visa manter o pouco da função renal, reduzindo o metabolismo, e manter as demais funções orgânicas.
Tratamento sintomático objetivando corrigir o desequilíbrio hidroeletrolítico, a anemia, a hipertensão e edema. No caso de infecções usa-se antibióticos de eliminação renal.
O quadro clínico pode exigir ainda hemodiálise ou diálise peritonial, em caráter de urgência ou para tratamento conservador.

O QUE É A HEMODIÁLISE

É um tipo de tratamento que consiste em filtrar o sangue através de um aparelho chamado hemodializador ou rim artificial.
Na hemodiálise, o sangue circula fora do corpo, com heparina 9Anticoagulante), através de conexões e de uma membrana semipermeável, entrando em contato com o fluido dialisado. No sangue, os produtos do metabolismo (uréia, creatinina, ácido úrico, fosfato, eletrólitos e água) passam para o dialisado, sendo lançados na rede de esgoto. E o sangue purificado volta ao corpo por uma veia do paciente.
Vias de acesso:
1 – Shunt arteriovenoso externo – cânula com a ponta colocada na artéria e na veia adjacente, e as pontas opostas colocadas fora da pele, ligadas com um conector.

2 – Fístula arteriovenosa -  consiste na anastomose (ligação) de uma artéria e uma veia. Com isto o sangue arterial força e dilata a veia, facilitando a venopunção. A fístula só pode ser usada 30 dias após a anastomose.

3 – Cateter dupla via- punção subclávia.

Fonte: MANUAL DO TÉCNICO E AUXILIAR DE ENFERMAGEM -5.ª edição - vários autores - AB Editora

OBSERVAÇÃO
 A anticoagulação deve ser feita para evitar a coagulação do sangue no circuito de diálise. Pode-se usar heparina não fracionada ou de baixo peso molecular, com infusão em bolus ou mesmo de maneira contínua. A diálise sem heparina deve ser usada sempre em pacientes com alto risco para sangramento. Para isso utiliza-se alto fluxo de sangue e lavagem do circuito com soro fisiológico a cada 30 minutos. Os fatores que favorecem a coagulação do sistema são: baixo fluxo de sangue, hematócrito alto, catéter endovenoso, alta taxa de ultrafiltração e transfusões intradialíticas.
O paciente não recebe anticoagulação quando a pressão arterial diastólica estiver acima de 110mmHg, exemplo: 190x120mmHg; uma vez que tal situação aumenta o risco para a ocorrência de um acidente vascular encefálico hemorrágico.
(Extraído da wikipédia)  

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