Glaucoma: ‘ladrão sorrateiro da visão’
No Dia Nacional de combate ao glaucoma, especialistas frisam a importância da consulta médica
Considerado o ladrão silencioso da visão, o glaucoma é uma doença causadora de cegueira irreversível. No Dia Nacional contra a enfermidade, especialistas de todo o país alertam para a importância da prevenção – pois mesmo não tendo cura, pode ser controlada.
O glaucoma é uma lesão no nervo óptico, causada pelo aumento da pressão interna dos olhos e provocada pela carência na circulação do líquido que preenche o globo ocular. Médicos esclarecem que o nervo óptico, quando não tratado, além da possibilidade de sofrer danos definitivos, pode perder a função de transportar informações visuais obtidas pelo cérebro.
Embora não haja cura e nem sintomas aparentes, o diagnóstico precoce da doença é fundamental para tratamento rápido e controle. No entanto, um grande desafio dos oftalmologistas é fazer esta vistoria clínica adiantada, pois muitos pacientes só procuram ajuda ao ter pedido boa parte do campo de visão. “O tratamento é, normalmente, feito a base de colírios. Mas, em algumas situações, é necessário o uso de laser ou procedimento cirúrgico” – esclareceu o oftalmologista João Marcelo Lyra.
Por conta disso, os médicos frisam a importância das visitas periódicas ao consultório oftalmológico para que a pressão intra-ocular seja monitorada. Afinal, segundo o oftalmologista, a agilidade no diagnóstico diminui as chances de cegueira.
“Por ser indolor e sem sintomas, na maioria dos casos, é fundamental que o paciente faça consultas periódicas ao oftalmologista para medir a pressão intraocular e tenha sua saúde ocular monitorada” – endossa o especialista.
Fontes: Gazetaweb - Gabriela Moreira
Arte: Folha.com
(Imagens do município de Aracruz, Espírito Santo - Brasil) INFORMAÇÕES SOBRE SINAIS, SINTOMAS, DIAGNÓSTICO E PREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS DE INTERESSE DA SAÚDE COLETIVA. NÃO SERÃO FEITAS QUAISQUER TIPOS DE ORIENTAÇÃO QUE SEJAM DE ATRIBUIÇÃO MÉDICA. NÃO É ESTE O OBJETIVO DO BLOG, QUE, NO MOMENTO NÃO DISPÕE DE COLABORADORES HABILITADOS PARA TAL.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
AOS SEGUIDORES E VISITANTES DO BLOG
Apenas a título de esclarecimento, gostaria de dizer que todos os artigos postados no blog, tem como fonte, sites e outros blogs com conteúdo relacionado ao tema saúde. faço essa observação porque em alguns casos o endereço original do artigo postado, não se encontra explícito no final da postagem.
Apenas a título de esclarecimento, gostaria de dizer que todos os artigos postados no blog, tem como fonte, sites e outros blogs com conteúdo relacionado ao tema saúde. faço essa observação porque em alguns casos o endereço original do artigo postado, não se encontra explícito no final da postagem.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
FIBROMIALGIA
Reconhecida como doença apenas em 1990, a fibromialgia ataca principalmente mulheres acima de 40 anos (há apenas 1 homem para cada 9 portadoras da síndrome nessa faixa etária). Os principais sintomas são dores generalizadas pelo corpo, fadiga crônica, sono não-restaurador, formigamento nas mãos e nos pés, enxaqueca e problemas intestinais. Uma vez que ainda não existe exame laboratorial que comprove a doença, o diagnóstico tem de ser feito a partir dos sintomas relatados pelo paciente e de um exame clínico que mede a sensibilidade à dor em 18 pontos espalhados pelo corpo. “Para um paciente ser diagnosticado como fibromiálgico, ele precisa se queixar de dor difusa há mais de três meses, ter distúrbios no sono e apresentar sensibilidade em pelo menos 11 dos 18 pontos do exame clínico”, explica Jamil Natour, reumatologista da Unifesp. Como os sintomas da fibromialgia são parecidos com os de outras patologias (de tendinite e gota a lúpus, hipotireodismo e até esclerose múltipla) e como nem todos os médicos conhecem a síndrome, os pacientes podem sofrer anos até obter o diagnóstico.
Sintomas mais comuns
1. Dor generalizada pelo corpo por, pelo menos, três meses.
2. Sono inquieto, superficial e não-restaurador (o paciente já acorda cansado).
3. Cansaço, perda de energia e diminuição da resistência a exercícios físicos.
4. Cólon irritado (diarréia alternada com prisões de ventre) e outras disfunções intestinais.
5. Formigamento e dormência nos braços, pernas, rosto e, sobretudo, nas mãos e nos pés.
6. Depressão de ansiedade crônicas.
7. Cefaléia
8. Sensação de inchaço nas articulações.
9. Rigidez muscular.
10. Desconforto diante de mudanças
Tipos de Tratamento
1. Uso de antidepressivos tricíclicos para aumentar a vida útil da serotonina. A dosagem é menor do que para pacientes com depressão e tem efeito analgésico e de relaxante muscular.
2. Uso de analgésico leve para interromper o ciclo da dor. Indicado em casos de crises agudas, tem efeito temporário.
3. Exercícios físicos de baixo impacto (sobretudo caminhadas ou natação) para aumentar a produção da endorfina e melhorar a oxigenação muscular.
4. Alongamento para aliviar a sensação de dor provocada pela contração muscular excessiva, comum em pacientes com fibromialgia.
5. Acupuntura para melhorar a qualidade do sono, estimular a produção de serotonina e endorfina e combater a depressão e a ansiedade.
6. Redução das situações de estresse procurando fazer pequenas pausas de descanso ao longo do dia para evitar a fadiga.
7. Técnicas de relaxamento: ioga, meditação, massagem e hidroterapia (a água também ameniza a dor).
Fatores de Risco
1. Falta de condicionamento físico: o sedentarismo é apontado como o principal fator de risco. “Pouquíssimos atletas desenvolvem fibromialgia”, diz Jamil Natour, reumatologista da Unifesp.
2. Mudanças hormonais como incidência de fibromialgia são maiores em mulheres que estão entrando na menopausa: os pesquisadores suspeitam que as mudanças hormonais estejam entre os fatores que desencadeiam a doença.
3. Estresse e traumas emocionais: um acidente de carro pode estimular o aparecimento da doença.
4. Doenças infecciosas: há vários relatos de pacientes que desenvolveram fibromialgia depois de serem acometidos por doenças infecciosas.
5. Hereditariedade: filhos de fibromialgicos têm mais chances de desenvolver a doença, mas os pesquisadores não sabem se o fator de risco é o estilo de vida da família ou a genética.
Sem cura
Embora ainda não tenha sido descoberta cura para a fibromialgia, há casos em que os sintomas retrocedem quase totalmente. A prática de alongamento e de exercícios físicos de baixa intensidade, aliada ao uso de analgésicos e de antidepressivos tricíclicos, tem sido a forma de tratamento mais bem-sucedida. Acupuntura, hidroterapia e outras técnicas que combatem a ansiedade e depressão também são usadas, sobretudo em pacientes que não respondem bem ao tratamento convencional.
“Como ainda não sabemos com precisão o que causa a fibromialgia, fica difícil pesquisar como curá-la”, explica Natour. O que os cientistas sabem de concreto é que os fibromiálgicos tem menos serotonina (neuro-transmissor que regula a sensação de dor) do que as pessoas normais e que apresentam um distúrbio que encurta a fase de sono profundo e impede que o corpo descanse, provocando fadiga e hipersensibilidade. “Falta descobrir por que isso ocorre”, diz o acupunturista Hong Jin Pai, do Centro da Dor do Hospital das Clínicas.
Pesquisadores da Universidade do Texas (EUA) descobriram no ano passado que os portadores de fibromialgia tem de duas a três vezes menos substância P (também envolvida no controle da dor) do que o normal. A descoberta vai ajudar a diagnosticar com mais precisão a doença. “Eles desenvolveram um kit que permite testar o nível de substância P para saber se a pessoa tem fibromialgia. Mas o exame ainda não chegou ao Brasil”, diz a fisiatria Helena Kaziyama, do HC. Já foi comprovado que mulheres na fase da menopausa, pessoas submetidas a estresse físico ou emocional e sedentários estão mais sujeitos a desenvolver a doença. Vícios de postura e até acidentes de carro também foram relacionados à doença.
Fibromialgia é confundida com LER
No começo de 99, o reumatologista Jamil Natour, da Unifesp, pôde observar na prática como a fibromialgia é ainda desconhecida. A pedido de uma metalúrgica de Guarulhos (SP), o médico e sua equipe investigaram se os funcionários diagnosticados com LER (Lesão por Esforço Repetitivo) tinham de fato lesões ou inflamações nos músculos e tendões. Entre os 40 metalúrgicos com LER pesquisados 60% tinham, na verdade, fibromialgia. “Isso mostra como os médicos do trabalho ainda não conhecem a doença. Como esses metalúrgicos, muitos trabalhadores que têm fibromialgia recebem o diagnóstico errado e continuam sofrendo porque não são tratados adequadamente”, diz Natour. Enquanto os exercícios repetitivos, a má postura e o uso da força são as principais causas da LER, ainda não se sabe a origem da fibromialgia. A única semelhança entre as duas doenças é a dor. “Mas, na LER, a dor é localizada e, na fibromialgia, difusa”, diz a reumatologista Rita Beltrami. Tendinite (inflamação nos tendões), tenossinovite (inflamação de bainha de tendão) e a lombalgia (dores nas costas) são as lesões mais comuns em casos de LER.
terça-feira, 25 de maio de 2010
HIPERPLASIA PROSTÁTICA
- CANCER DE PRÓSTATA - Sintomas
A próstata é uma glândula do tamanho de uma noz (3cm de diâmetro), com aproximadamente20 gramas de peso e presente apenas no sexo masculino. Localiza-se na base da bexiga e circunda a parte inicial da uretra.
A próstata é responsável pela secreção de um fluído alcalino (com pH elevado) que protege os espermatozóides do ambiente ácido da vagina e aumenta sua mobilidade, facilitando a chegada dos mesmo ao óvulo.
Como apresenta íntima relação com a uretra (canal que drena urina da bexiga), alterações no tamanho da próstata podem comprimir a mesma e dificultar a drenagem de urina.
A próstata pode crescer por dois motivos:
- Hiperplasia benigna da próstata
- Câncer de próstata.
1.) Hiperplasia benigna da próstata (HBP)
O aumento do tamanho da próstata ocorre com a idade em praticamente todos os homens. Aos 50 anos, metade tem a próstata aumentada, e após os 80 anos, mais de 80% têm HBP.
A Hiperplasia benigna da próstata, como o próprio nome diz, é um crescimento benigno e nada tem a ver com câncer. O problema é que o aumento da próstata comprime o ureter e atrapalha a saída da urina, podendo inclusive causar obstrução, hidronefrose (acúmulo de urina no rim) e insuficiência renal.
O câncer de próstata perde somente para o melanoma e para o câncer de pulmão em números de morte no sexo masculino.
Assim como a HPB, o câncer de próstata torna-se cada vez mais prevalente conforme o avançar da idade. Até 2/3 dos idosos acima de 80 anos têm neoplasia de próstata, muitos sequer desconfiam do fato. Conforme o ser humano começa a viver mais e mais anos, as doenças da próstata começam a ficar cada vez mais frequentes.
Ao contrário da hiperplasia prostática benigna que cresce de modo uniforme e simétrico, a próstata com câncer apresenta crescimento irregular e localizado. Por isso, dependendo da área onde surge o tumor, pode não haver compressão da uretra e portanto, sintomas de uma próstata aumentada. Quando o tumor cresce em direção a uretra e causa obstrução, os sintomas são semelhantes a HPB.
A hematúria e a hematospermia (sangue na urina e no esperma, respectivamente) podem ocorrer, mas não são sintomas comuns. Nestes casos deve-se pensar também em cálculo renal, infecção urinária ou câncer da bexiga.
Alguns doentes só descobrem o tumor de próstata quando as metástases começam a provocar sintomas. O mais comum são as dores e fraturas por metástases para os ossos.
Para evitar situações como esta última, todos os homens com mais de 45 anos devem realizar exames de screening para o câncer de próstata (alguns especialistas discordam desta conduta, mas as sociedades internacionais de urologia ainda aprovam o screening).
Como é feito o diagnóstico da hiperplasia prostática benigna e do câncer de próstata ?
Existe um tabela de pontos chamada de ESCORE INTERNACIONAL DE SINTOMAS PROSTÁTICOS. São 7 perguntas e cada uma recebe uma pontuação de0 a 5
O PSA é um marcador de doença prostática, colhido através de analises de sangue, que se eleva na HPB e principalmente no câncer de próstata.
PSA menor que 2,5 = Baixo risco de câncer
PSA entre 2,5 e 10 = Risco intermediário de câncer
PSA maior que 10 = Alto risco de câncer
PSA maior que 20 = Muito alto risco de câncer e elevada chance de doença metastizada
Quando o PSA e o toque retal levantarem suspeitas de neoplasia, a biópsia da próstata deve ser realizada. Uma vez realizado o diagnóstico de câncer, deve-se avaliar o grau de invasão (estadiamento do tumor) e de agressividade (escore de Gleason).
O escore de Gleason vai de1 a 10, e quanto maior o valor , mais agressivo é o câncer.
Doente com sinais de invasão tumoral local, Gleason maior que 6 ou PSA muito elevado devem realizar cintilografia óssea para identificar metástases ósseas.
Câncer de próstata em estágios iniciais são potencialmente curáveis através de cirurgia e radioterapia. Os cânceres de baixa agressividade demoram anos (10 a 20) para invadir outros tecidos. Quando ocorrem em doentes com idade avançada, podem não ser tratados, uma vez que os riscos e sequelas do tratamento não se justificam em alguém com expectativa de vida menor do que o necessário para a progressão do tumor.
As complicações do tratamento incluem impotência, incontinência urinária e diminuição da libido.
Tumores avançados sem metástases são tratados com radioterapia. Tumores com metástases são tratados com bloqueio hormonal (inibição da testosterona) e apresentam mau prognóstico.
A próstata é uma glândula do tamanho de uma noz (3cm de diâmetro), com aproximadamente
A próstata é responsável pela secreção de um fluído alcalino (com pH elevado) que protege os espermatozóides do ambiente ácido da vagina e aumenta sua mobilidade, facilitando a chegada dos mesmo ao óvulo.
Como apresenta íntima relação com a uretra (canal que drena urina da bexiga), alterações no tamanho da próstata podem comprimir a mesma e dificultar a drenagem de urina.
A próstata pode crescer por dois motivos:
- Hiperplasia benigna da próstata
- Câncer de próstata.
1.) Hiperplasia benigna da próstata (HBP)
O aumento do tamanho da próstata ocorre com a idade em praticamente todos os homens. Aos 50 anos, metade tem a próstata aumentada, e após os 80 anos, mais de 80% têm HBP.
A Hiperplasia benigna da próstata, como o próprio nome diz, é um crescimento benigno e nada tem a ver com câncer. O problema é que o aumento da próstata comprime o ureter e atrapalha a saída da urina, podendo inclusive causar obstrução, hidronefrose (acúmulo de urina no rim) e insuficiência renal.
Os sintomas da HPB são exatamente os relacionados a essa obstrução da urina. Os primeiros sinais são a perda de força do jato urinário (jato fraco) e a necessidade de urinar frequentemente
A bexiga só consegue vencer a resistência da uretra comprimida pela próstata quando está cheia de urina. Quando o nível de urina dentro da bexiga desce, a pressão já não é mais suficiente e o jato se interrompe. O resultado final disto é uma bexiga que não consegue mais se esvaziar por completo. Uma bexiga que está sempre com alguma urina em seu interior, fica cheia mais rapidamente, e por isso, a vontade de urinar é frequente.
A bexiga só consegue vencer a resistência da uretra comprimida pela próstata quando está cheia de urina. Quando o nível de urina dentro da bexiga desce, a pressão já não é mais suficiente e o jato se interrompe. O resultado final disto é uma bexiga que não consegue mais se esvaziar por completo. Uma bexiga que está sempre com alguma urina em seu interior, fica cheia mais rapidamente, e por isso, a vontade de urinar é frequente.
Outro problema do não esvaziamento completo da bexiga é o favorecimento ao crescimento de bactérias em seu interior. O ato de urinar expulsa boa parte das bactérias presentes na urina, mas nos pacientes com hiperplasia benigna da próstata, há sempre um "laguinho" de urina para as bactérias se reproduzirem. Não é de se estranhar que a cistite é rara em homens até os 45-50 anos e depois passa a ser um diagnóstico comum. Conforme a próstata cresce, maior é a obstrução, até o ponto onde pode haver a completa obstrução da urina. A urina que não é drenada se acumula na vias urinárias e acaba por acometer os rins, levando a hidronefrose (dilatação dos rins). O resultado final é a insuficiência renal grave, inclusive com necessidade de hemodiálise de urgência.
É bom destacar que não é necessário a suspensão completa da urina para se ter grave lesão nos rins. O doente pode conseguir urinar e estar com uma obstrução e hidronefrose grave. Na verdade ele só consegue vencer a resistência da uretra devida a elevada pressão dentro do sistema urinário.
Quanto mais tempo os rins ficam obstruídos, menor é a chance de recuperação após a desobstrução do fluxo. Após7 a 10 dias de hidronefrose, começam a surgir lesões irreversíveis dos rins, um processo que se completa após 3-4 meses de obstrução, época em que provavelmente o doente permanecerá dependente de hemodiálise, mesmo que venha a corrigir a desobstrução.
Outro sintoma do crescimento da próstata é a disfunção erértil (impotência), que ocorre por compressão dos nervos que controlam a ereção.
Portanto, o termo benigno se refere apenas a ausência de câncer, pois a hiperplasia prostática pode levar a complicações graves e até morte pela insuficiência renal.
É bom destacar que não é necessário a suspensão completa da urina para se ter grave lesão nos rins. O doente pode conseguir urinar e estar com uma obstrução e hidronefrose grave. Na verdade ele só consegue vencer a resistência da uretra devida a elevada pressão dentro do sistema urinário.
Quanto mais tempo os rins ficam obstruídos, menor é a chance de recuperação após a desobstrução do fluxo. Após
Outro sintoma do crescimento da próstata é a disfunção erértil (impotência), que ocorre por compressão dos nervos que controlam a ereção.
Portanto, o termo benigno se refere apenas a ausência de câncer, pois a hiperplasia prostática pode levar a complicações graves e até morte pela insuficiência renal.
Câncer de próstata
O câncer de próstata perde somente para o melanoma e para o câncer de pulmão em números de morte no sexo masculino.
Assim como a HPB, o câncer de próstata torna-se cada vez mais prevalente conforme o avançar da idade. Até 2/3 dos idosos acima de 80 anos têm neoplasia de próstata, muitos sequer desconfiam do fato. Conforme o ser humano começa a viver mais e mais anos, as doenças da próstata começam a ficar cada vez mais frequentes.
Ao contrário da hiperplasia prostática benigna que cresce de modo uniforme e simétrico, a próstata com câncer apresenta crescimento irregular e localizado. Por isso, dependendo da área onde surge o tumor, pode não haver compressão da uretra e portanto, sintomas de uma próstata aumentada. Quando o tumor cresce em direção a uretra e causa obstrução, os sintomas são semelhantes a HPB.
A hematúria e a hematospermia (sangue na urina e no esperma, respectivamente) podem ocorrer, mas não são sintomas comuns. Nestes casos deve-se pensar também em cálculo renal, infecção urinária ou câncer da bexiga.
Alguns doentes só descobrem o tumor de próstata quando as metástases começam a provocar sintomas. O mais comum são as dores e fraturas por metástases para os ossos.
Para evitar situações como esta última, todos os homens com mais de 45 anos devem realizar exames de screening para o câncer de próstata (alguns especialistas discordam desta conduta, mas as sociedades internacionais de urologia ainda aprovam o screening).
Como é feito o diagnóstico da hiperplasia prostática benigna e do câncer de próstata ?
Existe um tabela de pontos chamada de ESCORE INTERNACIONAL DE SINTOMAS PROSTÁTICOS. São 7 perguntas e cada uma recebe uma pontuação de
Quantas vezes ficou a sensação de não esvaziar totalmente a bexiga?
Quantas vezes teve de urinar novamente menos de 2 horas após ter urinado?
Quantas vezes observou que, ao urinar, parou e recomeçou várias vezes?
Quantas vezes observou que foi difícil conter a urina?
Quantas vezes observou que o jato urinário estava fraco?
Quantas vezes teve de fazer força para começar a urinar?
Quantas vezes, em média, teve de se levantar à noite para urinar?
0 = Nenhuma
1 = Menos de 1 vez em 5
2 = Menos da metade das vezes
3 = Metade das vezes
4 = Mais da metade das vezes
5 = Quase sempre
Leve:0 a 7;
Moderada:8 a 19;
Severa: 20 ou mais
O escore acima avalia a severidade dos sintomas prostáticos, mas não diferencia entre HPB, câncer e prostatites.
O diagnóstico diferencial envolve o toque retal, a dosagem do PSA, ultrassonografia transretal e a biópsia da próstata
O toque retal consegue detectar aqueles tumores que crescem em direção ao reto. Porém, até 35% dos cânceres de próstata em estágio inicial não são detectados pelo toque. O gráfico abaixo mostra um exemplo de tumor não detectável pelo toque retal.
1 = Menos de 1 vez em 5
2 = Menos da metade das vezes
3 = Metade das vezes
4 = Mais da metade das vezes
5 = Quase sempre
Leve:
Moderada:
Severa: 20 ou mais
O escore acima avalia a severidade dos sintomas prostáticos, mas não diferencia entre HPB, câncer e prostatites.
O diagnóstico diferencial envolve o toque retal, a dosagem do PSA, ultrassonografia transretal e a biópsia da próstata
O toque retal consegue detectar aqueles tumores que crescem em direção ao reto. Porém, até 35% dos cânceres de próstata em estágio inicial não são detectados pelo toque. O gráfico abaixo mostra um exemplo de tumor não detectável pelo toque retal.
O PSA é um marcador de doença prostática, colhido através de analises de sangue, que se eleva na HPB e principalmente no câncer de próstata.
PSA menor que 2,5 = Baixo risco de câncer
PSA entre 2,5 e 10 = Risco intermediário de câncer
PSA maior que 10 = Alto risco de câncer
PSA maior que 20 = Muito alto risco de câncer e elevada chance de doença metastizada
Quando o PSA e o toque retal levantarem suspeitas de neoplasia, a biópsia da próstata deve ser realizada. Uma vez realizado o diagnóstico de câncer, deve-se avaliar o grau de invasão (estadiamento do tumor) e de agressividade (escore de Gleason).
O escore de Gleason vai de
Doente com sinais de invasão tumoral local, Gleason maior que 6 ou PSA muito elevado devem realizar cintilografia óssea para identificar metástases ósseas.
Câncer de próstata em estágios iniciais são potencialmente curáveis através de cirurgia e radioterapia. Os cânceres de baixa agressividade demoram anos (
As complicações do tratamento incluem impotência, incontinência urinária e diminuição da libido.
Tumores avançados sem metástases são tratados com radioterapia. Tumores com metástases são tratados com bloqueio hormonal (inibição da testosterona) e apresentam mau prognóstico.
Transcrito
Fonte - Internet
quarta-feira, 12 de maio de 2010
12 de maio - DIA DO ENFERMEIRO
ia 12 de maio comemora-se mundialmente o Dia do Enfermeiro, em referência a Florence Nightingale, um marco da enfermagem moderna no mundo e que nasceu em 12 de maio de 1820.
Já no Brasil, além do Dia do Enfermeiro, entre os dias 12 e 20 de maio, comemora-se a Semana da Enfermagem, data instituída em meados dos anos 40, em homenagem a dois grandes personagens da Enfermagem no mundo: Florence Nigthingale e Ana Néri, enfermeira brasileira e a primeira a se alistar voluntariamente em combates militares.
A profissão tem sua origem milenar e data da época em que ser enfermeiro era uma referência a quem cuidava, protegia e nutria pessoas convalescentes, idosos e deficientes.
Durante séculos, a Enfermagem vem formando profissionais em todo o mundo, comprometidos com a saúde e o bem-estar do ser humano.
Só no Brasil, são mais de 100 mil enfermeiros, além de técnicos e auxiliares de enfermagem, que somam cerca de 900 mil profissionais em todo país. Essas variações de cargos fazem com que mais profissionais se juntem ao setor e a novas possibilidades de trabalho nesta área.
Origem da Profissão
Desde os tempos do Velho Testamento, a profissão de enfermeiro já era reconhecida por aqueles que cuidavam e protegiam pessoas doentes, em especial idosos e deficientes, pois nessa época, tais atitudes garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência.
Nessa época e durante muitos séculos, a enfermagem estava associada ao trabalho feminino, caracterizado pela prática de cuidar de grupos nômades primitivos.
Com o passar dos tempos, as práticas de saúde evoluíram e, entre os séculos V e VIII,
a Enfermagem surge como uma prática leiga, desenvolvida por religiosos como se fosse mais um sacerdócio. Sendo assim, tornou-se uma prática indigna e sem atrativos para as mulheres da época, pois consideravam o trabalho como um serviço doméstico, o que atestava queda dos padrões morais que sustentavam, até então, o trabalho da enfermagem.
Mesmo com essa crise da profissão, a evolução do trabalho associado ao reconhecimento da prática, em meados do século XVI, a Enfermagem já começa a ser vista como uma atividade profissional institucionalizada e, no século XIX, vista como Enfermagem moderna na Inglaterra.
A partir daí, foram catalogadas definições e padrões para a profissão e a ANA (American Nurses Association) define a Enfermagem como "uma ciência e uma arte, levando em consideração que o objetivo principal do trabalho é o de cuidar dos problemas reais de saúde, por meio de ações interdependentes com suporte técnico –científico, bem como reconhecer o papel significativo do enfermeiro de educar para saúde, ter habilidades em prever doenças e o cuidado individual e único do paciente".
De onde vem o nome Enfermeiro
A palavra Enfermeira/o se compõe de duas palavras do latim: “nutrix”, que significa Mãe, e do verbo “nutrire”, que tem como significados criar e nutrir. Essas duas palavras, adaptadas ao inglês do século XIX, acabaram se transformando na palavra NURSE que, traduzida para o português, significa Enfermeira.
Enfermeiras Famosas
Nos últimos três séculos, alguns nomes da Enfermagem mundial tornaram-se referência da história da profissão e dos ensinamentos que sua prática propaga através dos tempos.
Imortalizadas, algumas delas como Florence e Ana Néri, ainda servem como fonte de inspiração para novos profissionais, para estudiosos, romancistas e interessados na profissão de Enfermeiro.
Florence Nightingale – Dama da Lâmpada
Nascida a 12 de maio de 1820, em Florença, Itália, possuía inteligência incomum, tenacidade de propósitos, determinação e perseverança - o que lhe permitia dialogar com políticos e oficiais do Exército, fazendo prevalecer suas idéias. Dominava com facilidade o inglês, o francês, o alemão, o italiano, além do grego e do latim. Em 1845, em Roma, no desejo de realizar-se como enfermeira, estudou as atividades das Irmandades Católicas e, em 1849, fez uma viagem ao Egito, onde decide servir a Deus, trabalhando em Kaiserswert, Alemanha, entre as diaconisas. Seu primeiro papel como enfermeira de guerra foi em 1854, na Guerra da Criméia.
Durante os combates da Guerra da Criméia, os soldados fizeram de Florence o seu anjo da guarda pois, de lanterna na mão, percorria as enfermarias dos batalhões e acampamentos, atendendo os doentes, o que a fez ficar conhecida mundialmente como Lady With The Light.
Ao retornar em 1856, adoentada pelo tifo, Florence recebe um prêmio em dinheiro do governo inglês, em reconhecimento ao seu trabalho. Ela usa o dinheiro e dá início à Primeira Escola de Enfermagem, fundada no Hospital Saint Thomas, em 1859, e que passou a servir de modelo para as demais escolas que vieram depois.
Ana Néri
Ana Justina Ferreira nasceu em 1813, na Cidade de Cachoeira, na Bahia. Sua vocação como enfermeira começou em meados de 1864, quando seus dois filhos, um médico militar e um oficial do Exército, foram convocados para a Guerra do Paraguai (1864-1870). Ana Néri não resiste à separação da família e coloca-se à disposição do governo para ir à guerra, sendo considerada a primeira enfermeira voluntária do Brasil.
A atuação de Ana Néri na guerra, junto aos feridos, foi incansável. Desdobrou-se como enfermeira, ministrando medicamentos e proporcionando alívio e conforto aos doentes.
Após cinco anos de guerra, Néri retorna ao Brasil e o Governo Imperial lhe concede uma pensão, além de medalhas humanitárias e de campanha; e no período já republicano, o nome Ana Néri foi dado à primeira Escola de Enfermagem oficializada pelo Governo Federal, em 1923, pertencente à Universidade do Brasil. Ana Néri faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de maio de 1880, aos sessenta e seis anos.
Brasileiras na Segunda Guerra Mundial
Nem só os pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) ficaram imortalizados durante a Segunda Guerra Mundial. Uma comitiva de mais de 100 enfermeiras brasileiras partiu para o front para auxiliar os postos de emergência e para ajudar e facilitar a comunicação entre soldados e oficiais do Exército americano com os do Exército brasileiro, pois os dois países eram aliados na guerra.
Pesquisa: http://www.hospitalar.com/
Postado po: Jacira
sábado, 1 de maio de 2010
DIA DO TRABALHO
Hoje 1 de Maio, “Dia do Trabalho”, quero deixar como mensagem para todos nós, trabalhadores da rede pública de saúde, um trecho do artigo “Reflexóes sobre as políticas públicas sociais e a saúde brasileira”, extraído do site webartigos.com. O artigo é bem mais amplo, mas vejo nesse parágrafo a descrição exata da realidade que vivemos no nosso dia dia.
A REDE ENTRE POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS, SAÚDE, EDUCAÇÃO E A VIOLENCIA.
O equilíbrio entre as políticas públicas sociais poderia, sem dúvida alguma, estabelecer um bem estar social sustentável à sociedade. Porém, esta rede sempre apresentará falhas, uma vez que satisfação e bem estar são subjetivos entre os integrantes da sociedade.
Nossa rede já se fragmenta no momento em que a disputa política e a ilusão certeira dos benefícios ofertados pelo poder aparecem no topo de uma pirâmide de prioridades, quando os políticos esquecem seu eleitorado, seus objetivos e pudores. Neste momento, o cidadão trabalhador cai no esquecimento, gerando uma política hipócrita, mesquinha, com partidos políticos ofertando programas socioeconômicos de ilusão aos menos favorecidos.
Sendo nossa sociedade, uma sociedade pluralista onde um simples conceito pode apresentar diversas interpretações e julgamentos, enfrentamos constantes mudanças sócio-ambientais, econômicas e partidárias que, como produto final, nos levam às reais adversidades como atritos, violência, desigualdade, oportunismo e, principalmente, à falta de ética e respeito.
Estas adversidades presentes em nosso meio refletem diretamente no bem estar coletivo, uma vez que devemos perceber que não estamos sós e sim, que vivemos em sociedade.
Suponhamos que o Brasil retome o crescimento econômico, com uma distribuição de renda justa. Geraria novos empregos, necessitaria de mão de obra qualificada, o que demandaria em investimentos na educação, no setor de desenvolvimento, qualificaria e reformularia as políticas públicas, criando um ciclo de desenvolvimento sustentável, qualificando e reformulando as políticas sociais. Devemos sim, preparar todo e qualquer membro da sociedade para exercer a cidadania plena e uma atuação positiva e próspera no mercado de trabalho, e para isto vale rever e fazer uma análise reflexiva sobre os sistemas de ensino público ou privado brasileiro, um modelo falido e de muita discussão, de pouca ação prática.
CANCER
O que conhecemos popularmente como cancer, não é uma doença única, e sim um conjunto de doenças. Entenda melhor e descubra os principais sintomas.
Cancer é o termo usado para designar mais de 100 doenças diferentes, que apresentam em comum, o crescimento desordenado de células anormais que possuem capacidade de invadir tecidos e se espalhar para outras regiões do corpo através dos vasos.
COMO SURGE UM CANCER?
Surge como resultado resultado de uma complexa combinação de fatores relacionados ao ambiente, estilo de vida e hereditariedade. Tentaremos descrever esse processo da forma mais simplificada possivel:
O ciclo básico de vida de uma célula é se multiplicar quando necessário e morrer quando se torna velha ou quando sofre alguma lesão na sua estrutura.
As nossas células são programas para se autodestruirem em caso de alteração da sua conformação original, principalmente se houver lesão no DNA (código genético da célula, que determina suas características), não passível de reparo. Esta autodestruição se chama apoptose. Este mecanismo evita que lesões no DNA possam ser perpetuadas através da multiplicação de células anômalas.
Lesões celulares ocorrem diariamente em nosso organismo e são amplificadas pelo cigarro, radiação e produtos químicos, todas substâncias com alto potencial de lesão do DNA (carcinógenos). Só o cigarro possui mais de 4000 substâncias comprovadamente carcinógenas.
Graças a apoptose, não desenvolvemos câncer a todo momento.
O processo de multiplicação celular e apoptose é controlado por um grupo de genes chamado de protooncogenes. São os genes supressores de tumor. O câncer começa a surgir quando ocorrem mutações nesses protooncogenes, fazendo com que suas funções sejam abolidas. Os genes alterados passam a se chamar oncogenes, e em vez de impedir a formação de tumores, passam a estimulá-los.
A partir desse momento as células com alterações estruturais não só conseguem se multiplicar, como estão protegidas da apoptose. Portanto, são células se proliferam rapidamente e não morrem. Estas são as células cancerígenas.
Existem vários tipos de protooncogenes, cada tipo de câncer está relacionado a um ou mais desses. Os diferentes tipos de oncogenes explicam porque algumas famílias apresentam tendência a desenvolverem alguns tipos de câncer e porque o cigarro causa câncer de pulmão em alguns, de boca em outros, de bexiga, rins etc... A ausência de ativação de oncognes específicos também explica porque alguns fumantes nunca desenvolvem câncer.
POR QUE O CANCER LEVA A MORTE ?
As células cancerígenas além de se multiplicarem, conseguem produzir seus próprios vasos sanguíneos, o que permite a elas receberem nutrientes e formarem as massas de células chamada de tumores. Outro fator determinante é a capacidade dessas células anômalas de alcançarem a circulação sanguínea e viajarem pelo corpo.
Quanto mais lesão tiver sofrido o DNA da célula, mais diferente ela será da célula que lhe deu origem. E se ela é diferente, não consegue despenhar as funções vitais que a original exerce. Então, passamos a ter um quadro onde células que não desempenham nenhuma função se multiplicam de modo muito mais rápido que o normal e passam não só a competir por alimento, como invadem e tomam o lugar das células normais.
Depois de um tempo passamos a ter um pulmão em que a maioria das células não consegue captar oxigênio, um intestino que não absorve nutrientes, um rim que não produz urina... Além disso, temos uma massa tumoral que cresce tanto que começa a esmagar e obstruir outros tecidos e vasos importantes. Um tumor do pescoço pode comprimir a traqueia e causar asfixia, um tumor de intestino obstrui a passagem das fezes, um tumor cerebral pode comprimir o cérebro contra o crânio etc...
A célula cancerígena tem a capacidade de invadir tecidos próximos e alcançar vasos sanguíneos, podendo viajar pela circulação e acometer outros órgãos distantes. Este processo se chama metástase. Os tumores benignos são aqueles que não tem capacidade de metastizar.
Alguns termos para melhor compreensão:
- Cancer - São células anômalas com capacidade de multiplicação, invasão a distância e de destruição. O câncer é sempre maligno.
- Tumor - É o aumento anormal de um tecido, pode ser maligno ser for criado por células cancerígenas, mas pode ser benigno se for por células sem características de câncer.
- Neoplasia - Semelhante a tumor.
- Carcinoma - Câncer originado das células epiteliais (tipo de células que recobrem a pele e a maioria dos órgãos).
- Sarcoma - Câncer originado de células de músculos, gordura, osso e cartilagem. Leucemia - Câncer que se origina de células do sangue na medula óssea.
- Linfoma - Câncer que se origina das células de defesa do organismo.
QUAIS OS SINTOMAS DO CANCER ?
Como já foi dito, existem vários tipos de cancer, e cada um tem sua apresentação clínica distinta. Um tumor cerebral tem sintomas completamente diferentes de um tumor de próstata.
Porém, os canceres apresentam um grupo de sinais e sintomas que são mais ou menos comuns a todos.DOR
É conhecido de todos que doentes com cancer sofrem de dores crônicas. Mas por que isso acontece?A maioria das dores do canceres são de origem óssea, principalmente pelas metástases. Qualquer tumor pode metastizar para os ossos, e doentes em fases terminais podem apresentar várias fraturas espontâneas pelo corpo. A cefaléia (dor de cabeça) também é um sintoma comum e pode ocorrer por metástases para o crânio, compressão do cérebro pelo tumor, lesões hemorrágicas ou compressão dos nervos faciais. A compressão de nervos periféricos pela massa tumoral pode ser causa de dor em qualquer local do corpo. A dor também pode ser um efeito colateral da quimioterapia e da radioterapia.CAQUEXIA
A caquexia é uma diminuição do apetite associado a rápida perda de peso e massa muscular. Diferente da desnutrição comum, a caquexia se caracteriza por uma perda de peso desproporcional a falta de ingestão calórica, que normalmente não é corrigida mesmo com uma alimentação forçada.As células tumorais produzem substâncias que agem diretamente no tecido muscular e adiposo (gorduroso), levando ao seu consumo. Por isso, doentes com câncer apresentam tanta dificuldade em ganhar peso.FADIGA
O cansaço crônico do doente neoplásico pode ser causado pela própria caquexia, por anemia, por dificuldade em dormir (normalmente pela dor), e pela ação direta de substâncias produzidas pelo tumor. Também pode ser um efeito secundário do tratamento.ANEMIA
A anemia é um achado quase universal nos canceres. Qualquer doença crônica pode causar uma inibição na produção de hemácias pela medula óssea, e o cancer não é diferente. A anemia pode ser também por sangramentos do tumor, por inibição da absorção de ferro, por invasão tumoral da medula óssea ou por ação direta da quimioterapia e da radioterapia.TROMBOSE
Pacientes com tumores malígnos tendem a apresentar um estado de hipercoagulabilidade, ou seja, o sangue inapropriadamente coagula dentro do próprio vaso, formando trombos. Pode haver trombose de artérias e veias, assim como uma síndrome gravíssima chamada de "coagulação intravascular disseminada" (CIVD), onde a cascata da coagulação começa a ser ativada no corpo todo ao mesmo tempo, levando a formação simultânea de trombos e hemorragias difusas.
A ocorrência de trombose pode ser o primeiro sinal de uma neoplasia, e às vezes, antecede o diagnóstico de cancer em vários meses.
Transcrito (Fonte - Internet)
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INFLUENZA OU GRIPE
28 perguntas e respostas para esclarecer suas dúvidas
1. O que é influenza?
Também conhecida como gripe, a influenza é uma infecção do sistema respiratório cuja principal complicação são as pneumonias, que são responsáveis por um grande número de internações hospitalares no País. A doença inicia-se com febre alta, em geral acima de 38ºC, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral por três a quatro dias após o desaparecimento da febre. É uma doença muito comum em todo o mundo, sendo possível uma pessoa adquirir influenza várias vezes ao longo de sua vida. É também freqüentemente confundida com outras viroses respiratórias, por isso o seu diagnóstico de certeza só é feito mediante exame laboratorial específico.
2. Resfriado e influenza (gripe) são a mesma coisa?
Não. O resfriado geralmente é mais brando que a gripe e pode durar de 2 a 4 dias. Também apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, como congestão nasal, secreção nasal (rinorréia), tosse e rouquidão. A febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade. Outros sintomas também podem estar presentes, como mal-estar, dores musculares (mialgia) e dor de cabeça (cefaléia). Assim como na influenza, no resfriado comum também podem ocorrer complicações como otites, sinusites, bronquites e até mesmo quadros mais graves, dependendo do agente etiológico que está provocando a infecção. Os principais agentes infecciosos do resfriada comum são os Rhinovírus (com mais de 100 sorotipos), os Coronavírus, os vírus Parainfluenza (principalmente o tipo 3), o Vírus Sincicial Respiratório, os Enterovírus e o Adenovírus.
3. Existem outras doenças que podem ser confundidas com a influenza?
Sim, além do resfriado comum, a rinite alérgica é uma das doenças que mais se confundem com a gripe. Na rinite alérgica ocorrem sintomas como espirros, congestão e corrimento nasal. Existem duas formas de rinite alérgica: uma sazonal (em determinadas épocas do ano) e uma que dura o ano todo, podendo ser contínua ou intermitente. A rinite alérgica não é acompanhada de febre. Porém, isso pode acontecer quando ela estiver associada a uma infecção.
4. Qual o agente causador da influenza humana?
Um vírus. São conhecidos 3 tipos de vírus da influenza: A, B e C. Esses vírus são altamente transmissíveis e podem sofrer mutações (transformações em sua estrutura genética), sendo que o tipo A é mais mutável que o B e este mais mutável que o tipo C. Os tipos A e B causam maior morbidade (doença) e mortalidade (mortes) que o tipo C. Geralmente as epidemias e pandemias (epidemia em vários países) estão associadas ao vírus do tipo A. O tipo C não tem importância clínica nem epidemiológica.
5. Como a influenza humana é transmitida?
A influenza humana pode ser transmitida:
- de forma direta:, através das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao falar, espirrar, ou tossir; ou
- de forma indireta: por meio das mãos que, após contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem carrear o agente infeccioso diretamente para a boca, nariz e olhos.
A transmissão direta inter-humana (ou seja, de pessoa-a-pessoa), é a mais comum, mas já foi documentada a transmissão direta do vírus de aves e suínos para o homem.
O período que uma pessoa pode transmitir a doença (transmissibilidade) é de 2 dias antes até 5 dias após o início dos sintomas.
6. Como o vírus da influenza existe na natureza?
Os vírus existem naturalmente em diversas espécies animais, como aves (especialmente as aquáticas, como os patos), mamíferos e herbívoros. Em geral, os vírus são específicos de cada espécie animal e só raramente se observa transmissão cruzada entre espécies diferentes, como da ave para o homem, por exemplo. No entanto, o porco pode se infectar tanto com vírus humanos como com vírus de aves.
As aves silvestres, principalmente as aves migratórias, podem se infectar sem apresentar sintomas. São chamadas de reservatórios naturais do vírus e propiciam sua disseminação entre os continentes, representando um elemento importante na cadeia de transmissão da influenza aviária. No entanto, o vírus da influenza já foi identificado em outras aves como marrecos, maçaricos, gaivotas, garças, pardelas, cisnes, tecelões, cacatuas, tentilhões , além das aves domésticas (galinha, peru, faisão, ganso, codorna, avestruz) e, menos freqüentemente, em passarinhos, periquitos, papagaios e em aves de rapina como o falcão.
7. Como o vírus influenza das aves pode causar doença humana?
- Os vírus influenza estão presentes nas fezes, sangue e secreções respiratórias das aves infectadas. Desse modo, a contaminação humana pode ocorrer pelo contato direto com as aves infectadas por meio de inalação dessas secreções (inclusive durante a limpeza e a manutenção nos aviários ou criadouros sem os cuidados necessários de proteção) ou durante o abate ou manuseio de aves infectadas.
OBS: Não foi evidenciada transmissão pela ingestão de ovos ou pelo consumo de carnes congeladas ou cozidas de aves infectadas.
8. Quais são os sintomas da influenza humana?
Os primeiros sintomas costumam aparecer cerca de 24 horas depois do contágio, e podem ser:
• febre geralmente (>38ºC);
• dor de cabeça;
• dor nos músculos;
• calafrios;
• prostração (fraqueza);
• tosse seca;
• dor de garganta;
• espirros e coriza
• Podem apresentar ainda pele quente e úmida, olhos hiperemiados (avermelhados) e lacrimejantes. As crianças podem apresentar também febre mais alta, aumento de linfonodos cervicais (gânglios no pescoço), diarréia e vômitos.
9. A influenza humana é uma doença grave?
Geralmente a influenza é uma infecção auto-limitada, ou seja, evolui para cura completa devido a reação do próprio organismo humano à ação do vírus. No entanto, a influenza pode causar doença grave em idosos, pessoas portadoras de doenças crônicas (como diabetes, câncer, doenças crônicas do coração, dos pulmões e dos rins), pessoas imunodeprimidas, gestantes no 2° e 3° trimestres de gravidez e recém-nascidos. Essas pessoas são consideradas grupos de maior risco para apresentar complicações da influenza, como a pneumonia, e podem precisar de atenção hospitalar quando adoecem.
10. Existe vacina para prevenir a influenza humana ou suas complicações?
Sim. O Ministério da Saúde do Brasil, a partir de 1999, vem realizando campanhas anuais de vacinação contra a influenza para os idosos com idade de 60 anos ou mais, geralmente no mês de abril. Esta vacina faz parte do calendário de vacinação da população indígena e também é disponibilizada nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) de cada Estado, para uso dos indivíduos que pertencem aos grupos de risco acima apontados.
A composição da vacina varia a cada ano, de acordo com os tipos de vírus da influenza que estão circulando de forma predominante em ambos nos hemisférios Norte e Sul.
11. Qualquer pessoa pode tomar a vacina?
Sim, a partir dos seis meses de idade e desde que não tenha alergia a ovo (uma vez que esta vacina é produzida em ovos de galinha). No entanto, a política de vacinação contra a influenza atualmente adotada pelo MS é direcionada para os grupos de maior risco de desenvolver as formas graves e complicações da doença (referidos no item 9).
12. Qual a duração da proteção conferida pela vacina contra a influenza?
A vacina protege por um ano. Entretanto o vírus da gripe é capaz de mudar suas características com muita freqüência, por isso a cada ano é necessário que se tome uma nova vacina.
13. Pode-se ter gripe mesmo estando vacinada?
Sim, porque a vacina protege contra os três tipos de vírus que anualmente fazem parte da sua composição e porque, entre os idosos, sua proteção não é de 100%. Mesmo assim, a vacinação diminui a gravidade da gripe e, portanto, as chances de complicações e óbitos.
14. A vacina pode provocar reações?
Sim, mas as reações são geralmente leves. As mais comuns são: dor, vermelhidão e enduração no local de aplicação, que ocorrem nas primeiras 72 horas após a vacinação. A febre como reação adversa à vacina ocorre em menos de 1% dos casos e reações alérgicas graves (anafilaxia) não são comuns. Acredita-se que as reações estejam associadas aos componentes vacinais, principalmente à proteína do ovo de galinha (que é utilizado na produção da vacina). É essencial que as pessoas que tenham história de alergia a alguma vacina, ao ovo ou a proteínas de galinha, informem ao profissional de saúde antes de receber a vacina. Raramente ocorre dor em trajetos de nervos (neuralgia), sensação de dormência (parestesia) e fraqueza muscular.
15. Quais são os benefícios da vacina?
- Proteção contra o vírus da Influenza ou gripe e contra as complicações da doença, principalmente as pneumonias bacterianas secundárias.
- Estudos recentes indicam que a vacina também pode proteger contra infarto e derrame.
16. Existem medicamentos disponíveis para prevenção e tratamento da influenza humana?
Sim. Apesar de o tratamento da influenza não complicada ser realizado com medicações sintomáticas, repouso, hidratação e alimentação leve, nas situações em que há indicação médica podem ser utilizadas duas classes de drogas, os bloqueadores do canal M2 de envelope viral (amantadina e rimantadina) ou os inibidores da neuraminidase (oseltamivir e zanimivir). Há vantagens e desvantagens no uso de ambos os grupos de drogas, que devem ser avaliados pelo médico que fará as prescrições, quando necessário.
OBS: devido ao risco do aparecimento de algumas reações graves, é importante evitar o uso de ácido acetilsalisílico na vigência de quadros de influenza.
17. Existe tratamento para as complicações da influenza?
Sim. As principais complicações são as infecções bacterianas secundárias, principalmente as pneumonias. Em caso de complicações, o tratamento será específico, geralmente com antimicrobianos (antibióticos). Para tanto, é fundamental procurar atendimento nas unidades de saúde (postos/centros de saúde ou hospitais).
18. O que a população pode fazer para evitar a influenza?
Como medida geral de prevenção e controle de doenças de transmissão respiratória, recomenda-se
a) População em geral
- higiene das mãos com água e sabão (depois de tossir ou espirrar; depois de usar o banheiro, antes de comer, antes de tocar os olhos, boca e nariz);
- evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;
- usar lenço de papel descartável;
- proteger com lenços a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;
- orientar para que o doente evite sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença (até 5 cinco dias após o início dos sintomas);
- evitar aglomerações e ambientes fechados (deve-se manter os ambientes ventilados);
- é importante que o ambiente doméstico seja arejado e receba a luz solar, pois estas medidas ajudam a eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias;
- restrição do ambiente de trabalho para evitar disseminação;
- hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade física.
b) Cuidados no manejo de crianças em creches:
- encorajar cuidadores e crianças a lavar as mãos e os brinquedos com água e sabão quando estiverem visivelmente sujas;
- encorajar os cuidadores a lavar as mãos após contato com secreções nasais e orais das crianças, principalmente quando a criança está com suspeita de síndrome gripal;
- orientar os cuidadores a observar se há crianças com tosse, febre e dor de garganta, principalmente quando há notificação de surto de síndrome gripal na cidade; os cuidadores devem informar os pais quando a criança apresentar os sintomas citados acima;
- evitar o contato da criança doente com as outras. Recomenda-se que a criança doente fique em casa, a fim de evitar transmissão da doença;
- orientar os cuidadores e responsáveis pela creche que notifiquem a secretaria de saúde municipal caso observem um aumento do número de crianças doentes com síndrome gripal ou com absenteísmo pela mesma causa na creche;
c) Medidas específicas em situação de epidemia de influenza:
- Pessoas com condições clínicas graves da infecção ou suas complicações (pneumonia viral primária ou bacteriana, por exemplo), recomenda-se procurar tratamento médico-hospitalar. Para esses locais, recomenda-se a adoção estrita de medidas de biossegurança, conforme as orientações técnicas do MS.
- restringir visitas ao paciente, principalmente no período de transmissibilidade da doença (até 5 cinco dias após o início dos sintomas);
colocar máscaras no paciente, se possível, quando o mesmo for transportado;
- Avaliar a necessidade de suspensão temporária das atividades coletivas do grupo etário de crianças e pré-escolares, como forma de reduzir a transmissão ampliada da doença na comunidade.
- Cuidados adicionais com gestantes (2° e 3° trimestre) e bebês para evitar infecções secundárias (pneumonia), e parturientes para evitar transmitir a doença para o bebê:
o gestante:
::. buscar o serviço de saúde caso apresente sintomas de síndrome gripal;
::. na internação para o trabalho de parto, priorizar o isolamento se a mesma estiver com diagnóstico de influenza;
o parturiente:
::. após o nascimento do bebê, se a mãe estiver doente, usar máscara e lavar bem as mãos com água e sabão antes de amamentar e após manipular suas secreções; estas medidas devem ser seguidas até sete dias após o início dos sintomas da mãe;
::. a parturiente deve evitar tossir ou espirrar próximo ao bebê;
o bebê:
::. priorizar o isolamento em berçários
::. os profissionais e mães devem lavar bem as mãos e outros utensílios (mamadeiras, termômetros, etc);
- Além dessas recomendações outras medidas de controle e prevenção poderão ser adotadas, de acordo com a gravidade, extensão geográfica e magnitude do surto.
19. Que cuidados devem tomar as pessoas que viajarem para um país onde estão ocorrendo casos de influenza aviária?
- Evitar contato com aves em granjas e mercados públicos;
- Evitar ingerir alimentos de origem animal (principalmente aves e suínos) crus ou de procedência duvidosa;
- Evitar locais fechados com grande concentração de pessoas;
- Manter cuidados básicos com a higiene pessoal, como lavar sempre as mãos antes de se alimentar ou levar a mão ao rosto (ver questão 19);
- Procurar imediatamente o serviço de saúde caso venha a apresentar sintomas como os já citados acima.
20. Qual o papel do Ministério da Saúde na prevenção e controle da influenza?
O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), elabora normas e coordena, no âmbito nacional, as ações de vigilância e controle da influenza, incluindo as campanhas anuais de vacinação referidas acima, bem como a assessoria e supervisão as secretarias estaduais e municipais de saúde no desenvolvimento dessas ações, bem como realizando estudos sobre a morbimortalidade por influenza e causas associadas para avaliar aspectos específicos da transmissão da doença no país.
O MS, em conjunto com as secretarias estaduais e municipais mantém desde o ano 2000 um Sistema Nacional de Vigilância da Influenza, com os objetivos principais de monitorar a circulação dos vírus influenza em nosso meio e a morbimortalidade à ele associada. Este Sistema baseia-se na manutenção de uma rede de unidades sentinela, composta por unidades de saúde/pronto atendimento, que semanalmente coleta material para diagnóstico laboratorial e informa a proporção de casos de síndrome gripal atendidos em sua demanda. Para o diagnóstico laboratorial da influenza humana são realizados testes específicos em amostras de coletadas da secreção nasofaríngea, através da técnica de aspirado nasofaríngeo e/ou de swab combinado. Atualmente, o Sistema de Vigilância da Influenza está implantado em 46 unidades sentinelas, a maioria localizada nas capitais de 21 estados das cinco regiões brasileiras, com previsão de implantação em todos os estados brasileiros até o ano 2006.
OBS: Independente da participação nesta rede sentinela, toda suspeita da ocorrência de surto de influenza deve ser notificada a secretaria municipal ou estadual de saúde, ou mesmo ao ministério da saúde, em consonância com as normas atuais sobre a notificação de doenças transmissíveis no país.
Destaca-se também a articulação do Ministério da Saúde com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, buscando uma maior integração das vigilâncias da influenza humana e animal.
21. O que seria uma pandemia de influenza?
O termo pandemia significa uma epidemia em grandes proporções (tanto em número de pessoas envolvidas, quanto em área geográfica) que atinge diversos paises geralmente de forma simultânea, decorrente da existência de um grande número de pessoas susceptíveis à infecção por um novo vírus da doença.
Pandemias de influenza ou gripe já causaram graves danos durante toda história. No último século ocorreram pelo menos três grandes pandemias quem em poucas semanas causaram grande impacto na morbidade e mortalidade, afetando principalmente crianças e adultos jovens e provocando situações de ruptura social.
22. Quando ocorrerá uma nova pandemia?
O intervalo entre as três principais pandemias de influenza que ocorreram no século passado foi de 39 anos entre as chamadas Gripe Espanhola e a Gripe Asiática e de 11 anos entre esta e a Gripe de Hong Kong. Não é possível prever exatamente quando uma nova pandemia ocorrerá, mas é possível, por meio do monitoramento dos vírus influenza e da situação epidemiológica nacional e internacional, identificar indícios de que este fenômeno possa estar mais próximo de acontecer. Para a eclosão de uma pandemia é necessário, basicamente, o surgimento de uma nova cepa (tipo) do vírus influenza com capacidade para provocar doença no homem e que esta cepa tenha facilidade de ser transmitida por contágio inter-humano direto (ou seja, de pessoa-a-pessoa).
23. O Brasil poderia ser afetado por uma nova pandemia de influenza?
No cenário epidemiológico mundial atual, o vírus da influenza aviária H5N1 representa a ameaça de uma nova pandemia, uma vez que está circulando entre aves em 13 países e em quatro deles tem provocado - de forma esporádica - casos entre seres humanos. Há um risco que este vírus H5N1 possa sofrer uma mutação (ou seja, alterações das suas características genéticas atuais) e adquirir condições de ser transmitido diretamente entre os seres humanos, iniciando-se assim uma nova pandemia. Não é possível prever exatamente se e quando isto vai ocorrer, mas é possível que ocorra. Neste caso, todos os países serão afetados, em maior ou menor intensidade, dependendo do tipo de mutação que ocorra no vírus e da capacidade de resposta rápida das autoridades de saúde pública a nível mundial.
24. O que o Ministério da Saúde está fazendo para se preparar caso ocorra uma pandemia?
O Ministério da Saúde elaborou um Plano de Contingência para a próxima pandemia de influenza. Este Plano prevê ações nas áreas da vigilância epidemiológica da influenza humana e animal, organização da assistência, aquisição de um estoque estratégico de antivirais, investimentos para a produção nacional de uma vacina específica, informação e comunicação, defesa civil, ações em portos, aeroportos e fronteiras, dentre outros, e deve integrar um plano global do governo federal para o enfrentamento de uma situação emergencial como esta, caso ela venha a ocorrer.
Para a construção deste Plano tomou-se como referência as orientações da Organização Mundial de Saúde, as discussões acumuladas até o momento no âmbito do Comitê, a bibliografia disponível sobre a situação mundial da influenza e a consulta a planos de contingência de outros paises.
25. Por que a preocupação com uma pandemia de influenza nesse momento?
Porque há evidências que este vírus da influenza aviária H5N1 estabeleceu boas condições de sobrevivência entre aves aquáticas no sudeste asiático, propiciando que a transmissão ave/homem continue a ocorrer, mesmo que de forma geograficamente circunscrita ao sudeste asiático. No entanto, tem havido mais recentemente a expansão geográfica de focos de influenza aviária para países de outros continentes, o que aumenta o risco de exposição dos seres humanos à aves infectadas. Quanto mais casos de influenza aviária H5N1 em humanos, maior a chance de ocorrer uma mutação no vírus que permita sua transmissão ampliada na população mundial. Até o momento a transmissão inter-humana desta cepa ainda não está confirmada.
26. As vacinas disponíveis atualmente são úteis para prevenir uma pandemia?
Não. Só será possível produzir uma vacina contra uma pandemia de influenza quando efetivamente surgir uma nova cepa do vírus que tenha capacidade de transmissão pessoa a pessoa. No entanto, o Ministério da Saúde vem aumentando os investimentos no Instituto Butantã/SP - que já vinha sendo preparado para a produção nacional de vacinas contra as cepas epidêmicas anuais de influenza - para que também seja possível a produção emergencial de vacinas contra uma cepa pandêmica. Os ensaios de produção desta nova vacina começarão a ser feitos já em 2006, utilizando-se como modelo a atual cepa H5N1.
27. Onde obter mais informações?
Para outras informações, acessar os sites a seguir:
Ministério da Saúde
www.saude.gov.br
Secretaria de Vigilância em Saúde
www.saude.gov.br/svs
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
www.agricultura.gov.br
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Organização Mundial de Saúde:
www.who.int
Organização Mundial de Saúde Animal
www.oie.int
Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
www.fao.org
28. Precisa falar conosco?
Pode enviar sua mensagem para o e-mail: gripe@saude.gov.br
FONTE: PORTAL DA SAÚDE - MS
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