quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Texto do Ministro José Gomes Temporão sobre a Hanseníase, para os AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE

"O controle da hanseníase ainda nos desafia: não há vacina específica, a doença demora a se manifestar depois que a pessoa é infectada pelo Bacilo de Hansen e os sinais e sintomas iniciais muitas vezes são discretos, sendo notados apenas quando a pessoa começa a ter dificuldade para trabalhar ou executar simples atividades diárias.
Infelizmente, muitas vezes a doença não é diagnosticada no início, mesmo em pessoas que procuraram serviços de saúde. Isso acontece porque nem todos os profissionais estão bem preparados ou poque muitos deles não examinam as pessoas por inteiro, com atenção suficiente para descobrir, por exemplo, uma manchina escondida ou uma área pouco sensível na perna, nas costas ou no pé.
Quanto mais tarde se faz o diagnóstico, mais frequentes são as sequelas da hanseníase, que podem ser graves e incapacitantes. Muitas delas provocam as deformidades que ao longo de séculos contribuiram para gerar tanto medo da doença e preconceito contra os doentes. Essa história precisa mudar.
Quanto mais rápido fizermos o diagnóstico da hanseníase mais fácil será curar as pessoas sem deixar marcas e sem prejudicar sua vidas. Todos nós, profissionais de saúde, podemos ajudar, mas o Agente Comunitário de Saúde, que está diariamente visitando, conversando e cuidando das pessoas de sua comunidade, tem um papel de destaque."

Este texto foi extraído do manual Como Ajudar no Controle da Hanseníase, produzido pelo Ministério da Saúde, em 2008, e direcionado para o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde. Com ótima qualidade gráfica e editorial, o manual deveria ser um instrumento de apoio utilizado na rotina de trabalho da atenção básica, como parceiros no diagnóstico e acompanhamento dos casos de hanseníase. Esperamos por essa realidade o mais breve possivel.

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